Talibã deve nomear mulá Badarar como líder do novo governo
Governo terá 25 ministérios e um conselho consultivo, ou shura, de 12 eruditos muçulmanos, disse uma fonte à Reuters
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Combatente do Talibã em patrulha em Cabul na quarta-feira (18) • AP
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Guardas afegãos tentam manter a ordem enquanto centenas de pessoas se reunem em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Afegãos em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã em guarda em um posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos em Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Combatente do Talibã de guarda em posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos, na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã de guarda pelas ruas de Cabul na quinta-feira (19), na celebração do "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Afegãos agitam uma nova bandeira que se tornou símbolo da tomada do Talibã na quinta-feira (19) • AP
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Repórter Clarissa Ward, da CNN, nas ruas de Cabul, na quinta-feira (19) • Brent Swails/CNN via AP
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Combatentes do Talibã exibem armas nas ruas de Cabul na quinta-feira (19), durante o "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Combatentes do Talibã durante o "Dia da Independência do Afeganistão" na quinta-feira (19) • AP
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Combatentes do Talibã com armas de ataque dos EUA são fotografados em um desfile do "Dia da Independência do Afeganistão", na quinta-feira (19) • Taliban
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Combatentes do Talibã em patrulha pelas ruas de Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos puxando criança durante evacuação em Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldado dos Estados Unidos cumprimenta criança no Aeroporto Internacional de Cabul, durante a retirada das tropas na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos cercam Aeroporto de Cabul durante evacuação das tropas na sexta-feira (20) • AP
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Cofundador do Talibã, o mulá Baradar deve liderar o novo governo do Afeganistão a ser anunciado em breve, disseram fontes do grupo islâmico à Reuters nesta sexta-feira (03) enquanto seus combatentes enfrentavam forças leais à república derrotada no Vale de Panjshir, ao norte de Cabul.
Mas a prioridade mais imediata do novo governo deve ser impedir o colapso de uma economia abalada por uma seca e pela devastação de um conflito, que se estima ter matado 240 mil afegãos.
Baradar, que comanda o escritório político do Talibã, o mulá Mohammad Yaqoob, filho do falecido fundador do grupo, o mulá Omar, e por Sher Mohammad Abbas Stanekzai ocuparão cargos de alto escalão no governo, disseram três fontes.
“Todos os líderes principais chegaram a Cabul, onde os preparativos para se anunciar o novo governo estão nos estágios finais”, disse uma autoridade do Talibã à Reuters sob condição de anonimato.
Haibatullah Akhunzada, o líder religioso supremo do Talibã, se concentrará em questões de religião e governança nos moldes do Islã, disse outra fonte do grupo.
O Talibã, que tomou Cabul no dia 15 de agosto depois de dominar a maior parte do país, enfrenta resistência no Vale de Panjshir, onde há relatos de combates intensos e baixas.
Vários milhares de combatentes de milícias regionais e remanescentes das Forças Armadas do governo se reúnem no vale escarpado sob a liderança de Ahmad Massoud, filho do ex-comandante mujahideen Ahmad Shah Massoud.
Os esforços para se negociar um acordo parecem ter falhado, e cada lado culpa o outro pelo fracasso.
Embora o Talibã tenha mencionado seu desejo de formar um governo de consenso, uma fonte próxima do movimento militante disse que o governo interino sendo montado consistirá unicamente de membros do Talibã.
Ele será composto por 25 ministérios e um conselho consultivo, ou shura, de 12 eruditos muçulmanos, acrescentou a fonte.
Também está sendo planejada para daqui a seis a oito meses uma loya jirga, ou grande assembleia, que reunirá anciãos e representantes de toda a sociedade afegã para debater uma Constituição e a estrutura do governo futuro, segundo a fonte.
Todas as fontes acreditam que o gabinete do governo interino será finalizado em breve, mas divergiram sobre quando exatamente. Algumas disseram que ele será estabelecido ainda nesta sexta-feira, e outras creem que será até meados da próxima semana.
A legitimidade do governo aos olhos de doadores e investidores internacionais será crucial. Grupos humanitários alertam para uma catástrofe iminente, e a economia, dependente há anos de milhões de dólares de ajuda estrangeira, está a beira do colapso.
*Com informações da Reuters