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    Talibã de 2021 não é o de 2001, tem mais governança, diz professor

    À CNN, Sandro Teixeira Moita explicou a situação do Afeganistão, agora sob o comando dos militantes do Talibã

    Produzido por Thiago Felix , da CNN em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (17), Sandro Teixeira Moita, professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, explicou a situação do Afeganistão, agora sob o comando dos militantes do Talibã.

    Na avaliação do especialista, o Talibã de 2021 é bem diferente daquele de 2001, uma vez que fez acordo com os Estados Unidos e recebe os embaixadores da China e da Rússia. “É possível sim que eles estejam mais interessados em estabelecer uma estrutura de governança, embora [seja] uma estrutura radical”, lembrou Moita.

    “O que aconteceu é uma movimentação do Talibã para que fossem realizados acordos com as lideranças locais, e com isso negasse o efeito da capacidade americana e do dinheiro americano. E lideranças locais se sentiram muito mais conectadas ao Talibã, que apesar de todas as barbaridades, é um movimento afegão, do que com movimento de conquista”, explicou.

    Segundo o professor, o movimento do grupo islâmico foi “muito estratégico”, já que estão dizendo que estão “resistindo a invasores do Afeganistão”. Além disso, ele comentou sobre a fuga da população após o Talibã tomar o poder do país.

    Linha do tempo do Talibã no Afeganistão

    “O governo de Cabul era percebido pela população média do Afeganistão como um governo imposto pelo estrangeiro e corrupto. Essa fuga em massa é essencialmente de pessoas que sobreviveram com rendas a partir desse governo, de uma elite bem especializada e formada no Ocidente que voltou para o Afeganistão depois de 2001 e agora foge porque não vai ter acordo com o Talibã”, explicou Moita.

    Entretanto, disse ele, é cedo ainda para dizer se esse novo governo será bom. “Nas províncias ao redor de Cabul percebe- se um Talibã mais moderado do que o Talibã que já dominou por mais tempo as fronteiras do país.”

    Fotos – A crise no Afeganistão

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