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    Taiwan se prepara para exercícios militares chineses durante visita de vice-presidente aos EUA

    Passagem de William Lai pelos Estados Unidos atrai ira de Pequim

    Vice-presidente taiwanês, William Lai
    Vice-presidente taiwanês, William Lai 18/01/2023REUTERS/Ann Wang

    Yimou LeeBen BlanchardLiz LeeMichael Martinada Reuters

    Pequim e Washington

    A China deve realizar exercícios militares na próxima semana perto de Taiwan, usando uma escala do vice-presidente taiwanes, William Lai, nos Estados Unidos como pretexto para intimidar os eleitores antes das eleições do ano que vem e fazê-los “temer a guerra”, disseram autoridades taiwanesas.

    A passagem pelos EUA de Lai, que é o favorito para a eleição presidencial de Taiwan em janeiro, já atraiu a ira de Pequim. Os Estados Unidos descrevem as escalas como rotineiras, dizendo que não há razão para a China tomar medidas “provocativas”.

    Pequim poderia realizar manobras semelhantes às que realizou em abril para “intimidar militarmente” os eleitores de Taiwan, assim como os países da região, disseram autoridades informadas sobre o assunto, que não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade do assunto.

    Os exercícios de abril incluíram a prática de bloqueios em uma resposta furiosa a uma reunião entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, durante a escala de Tsai em Los Angeles.

    “É bastante provável que eles possam usar isso como pretexto e anunciar ‘exercícios’ ao redor do Estreito de Taiwan”, disse uma das fontes, um alto funcionário familiarizado com o planejamento de segurança de Taiwan.

    “Eles querem aumentar o medo da guerra e fazer com que os taiwaneses votem a favor de sua escolha”, disse o funcionário.

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    Lai fará uma parada em Nova York no sábado, a caminho do Paraguai, e em San Francisco, na quarta-feira, no retorno a Taiwan. Ele vai ao Paraguai, que mantém relações formais com Taiwan, para a posse do novo presidente do país.

    Nem o Ministério da Defesa da China nem o Gabinete de Assuntos de Taiwan responderam a um pedido de comentário, embora o governo tenha repetidamente condenado a visita. O embaixador da China nos EUA disse no mês passado que era a “prioridade” de seu país interromper a visita.