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    Suu Kyi comparece a tribunal de Mianmar pela primeira vez desde golpe militar

    Líder deposta diz que não tem acesso a jornais na detenção e que só está parcialmente ciente do que está acontecendo do lado de fora

    Ganhadora do Nobel da Paz e líder deposta em golpe militar em Mianmar, Aung San Suu Kyi
    Ganhadora do Nobel da Paz e líder deposta em golpe militar em Mianmar, Aung San Suu Kyi Foto: Franck Robichon/Pool via Reuters

    Reuters

    A líder deposta de Mianmar, Aung San Suu Kyi, compareceu pessoalmente a uma audiência de um tribunal nesta segunda-feira (24) pela primeira vez desde que seu governo foi deposto pelos militares quase quatro meses atrás, disseram seus advogados.

    Suu Kyi parecia com boa saúde durante a reunião de 30 minutos com sua equipe legal, mas disse que não tem acesso a jornais na detenção e que só está parcialmente ciente do que está acontecendo do lado de fora, disse Khin Maung Zaw, líder sua equipe legal, à Reuters.

    A líder deposta de 75 anos, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991 por seus esforços para instaurar a democracia, é uma da mais de 4 mil pessoas detidas desde o golpe de 1º de fevereiro. Ela enfrenta acusações que vão da posse ilegal de rádios walkie-talkie à violação de uma lei de segredos estatais, puníveis com 14 anos de prisão.

    Mianmar vive um caos desde que o Exército tomou o poder, com protestos diários, marchas e greves de âmbito nacional contra a junta – que reage com força letal, já tendo matado mais de 800 pessoas, de acordo com a a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP).

     

    Suu Kyi “desejou saúde ao povo” na reunião com seus advogados, e também se referiu ao seu partido Liga Nacional pela Democracia (NLD), que pode ser dissolvido em breve.

    “Nosso partido surgiu do povo, por isso existirá enquanto o povo o apoiar”, disse ela, segundo Khin Maung Zaw.

    A comissão eleitoral indicada pela junta de Mianmar dissolverá a NLD, alegando uma fraude eleitoral na eleição de novembro, noticiou a mídia local na sexta-feira (22) citando um comissário. A antiga comissão eleitoral rejeitou as acusações.