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    Suspeito de assassinar presidente do Haiti morre por Covid-19

    Gilbert Dragon teria participado da ação que matou Jovenel Moïse em julho

    Brian EllsworthGessika Thomasda Reuters

    Um suspeito do assassinato em julho do presidente haitiano Jovenel Moïse morreu enquanto era transferido da prisão preventiva para um hospital após apresentar sintomas de Covid-19, disse sua esposa nesta quarta-feira (17).

    Gilbert Dragon, 52, um ex-comissário de polícia, morreu de parada cardíaca, disse Marie Leslie Noel, acrescentando que ela passou duas semanas tentando transferi-lo para um hospital e lutou para que ele fizesse um teste diagnóstico para Covid-19 a tempo.

    “Eu finalmente consegui autorização para trazê-lo ao hospital esta tarde, e ele morreu enquanto estava a caminho”, disse Noel. “Eu tenho lutado para tirá-lo há duas semanas.”

    O ministro do Interior do Haiti, Liszt Quitel, não respondeu a um pedido de comentários.

    A Polícia Nacional do Haiti disse em um relatório de agosto que Dragon havia entrado em contato com outros suspeitos na noite do assassinato de Moïse em 7 de julho e participado de reuniões para planejar a ação.

    Noel disse que seu marido foi preso injustamente e que estava dormindo em sua casa na noite em que o crime ocorreu. Ela disse que Dragon foi falar com os investigadores por conta própria depois de ouvir que a polícia estava procurando por ele.

    “Eu estava muito impaciente pelo julgamento porque queria ver as provas que eles tinham”, disse ela.

    O Haiti já fez mais de três dezenas de prisões, incluindo um grupo de ex-militares colombianos, em conexão com a investigação do assassinato de Moïse.

    As autoridades turcas prenderam outro suspeito, Samir Handal, em Istambul, disse o ministro das Relações Exteriores do Haiti, Claude Joseph, na última segunda-feira.

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