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    Suposta conspiração contra membro da ONU não tem vínculo com o país, diz Mianmar

    Dois cidadãos de Mianmar foram presos no estado de Nova York por conspirar com um traficante de armas na Tailândia

    Reuters

    O Ministério das Relações Exteriores de Mianmar afirmou na segunda-feira (9) que um suposto complô em Nova York contra o embaixador das Organização das Nações Unidas (ONU) Kyaw Moe Tun, um oponente da junta governante, não tem relação com o país, sendo um caso local dos Estados Unidos.

    Foi a primeira declaração do governo militar desde a prisão de dois cidadãos de Mianmar por ligação com a suposta conspiração. O país negou comentários feitos em condenação pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

    “O evento é um caso interno nos Estados Unidos. O julgamento deve ser feito nos Estados Unidos de acordo com a legislação americana. Não tem nada a ver com Mianmar”, disse o comunicado, lido na televisão estatal MRTV.

    A Reuters não conseguiu entrar em contato com um porta-voz da junta militar para saber mais sobre a reação ao suposto complô.

    Dois cidadãos de Mianmar foram presos no estado de Nova York por conspirar com um traficante de armas na Tailândia – que vendeu armas aos militares birmaneses – para matar ou ferir o embaixador de Mianmar na ONU, disseram autoridades dos Estados Unidos na sexta-feira (6).

    No sábado (7), Thomas-Greenfield disse que a trama se encaixa em um “padrão perturbador” de líderes autoritários e seus apoiadores que buscam perseguir oponentes em todo o mundo. Ela disse que os Estados Unidos se solidarizaram com Kyaw Moe Tun e o elogiaram por “notável coragem e bravura”.

    “Mianmar rejeita veementemente a declaração da Representante Permanente dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas Greenfield”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

    O ministério acrescentou que Kyaw Moe Tun foi demitido de seu posto como embaixador da ONU em Mianmar e atualmente enfrenta um mandado de prisão por traição porque ele expressou apoio a um Governo de Unidade Nacional clandestino.

    Apesar dos protestos da junta, Kyaw Moe Tun continuou a servir nas Nações Unidas, representando o governo civil eleito que foi derrubado pelos militares em fevereiro.

    Texto traduzido, leia o original em inglês.

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