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    Suécia pretende aderir à Otan no próximo mês, mas entrada pode ser adiada, diz premiê

    Governo sueco quer se juntar à aliança ocidental durante cúpula que ocorre em Vilnius, na Lituânia, entre os dias 11 e 12 de julho

    Niklas Pollardda Reuters

    O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, afirmou nesta quarta-feira (28) que o país ainda deseja ingressar na Otan antes ou durante sua cúpula em Vilnius, na Lituânia, no próximo mês, embora não tenha certeza de que será capaz de fazê-lo até então.

    A Suécia e a Finlândia abandonaram décadas de não-alinhamento militar após a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado, buscando maior segurança ao ingressar na Otan. A Finlândia tornou-se membro da aliança em abril, mas o processo foi mais lento para a Suécia.

    O governo sueco está de olho em se juntar à aliança na cúpula que ocorre entre 11 a 12 de julho e, embora tenha forte apoio de outros membros, incluindo os Estados Unidos, tanto a Turquia quanto a Hungria têm evitado até agora a ratificação.

    “A Suécia se tornará um membro da Otan”, disse Kristersson em entrevista à emissora estatal SVT.

    “Ninguém pode prometer que isso acontecerá especificamente em Vilnius ou logo antes de Vilnius, mesmo que essa tenha sido nossa ambição o tempo todo. E essa é uma ambição que também compartilhamos com todos os outros países da Otan”, declarou o premiê.

    A Turquia alega que a Suécia abriga membros do que considera grupos terroristas – uma acusação que os suecos negam – e exigiu a extradição destas facções como um passo para ratificar a adesão sueca. A Turquia ainda expressou indignação com as manifestações anti-turcas realizadas no país nórdico.

    Por sua vez, a Suécia argumenta que a liberdade de expressão está firmemente consagrada em sua constituição e que cumpriu todos os requisitos estabelecidos em um acordo com a Turquia e a Finlândia firmado em Madri há um ano.

    Autoridades suecas e turcas se reuniram em 14 de junho para o que o negociador-chefe da Suécia caracterizou como boas negociações, e devem realizar outra reunião em Bruxelas, na Bélgica, organizada pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, antes da cúpula de Vilnius.

    “Também dissemos que respeitamos que é a Turquia que toma as decisões turcas. É bom que tenhamos outra reunião e talvez possamos abordar o estranho ponto de interrogação antes da cúpula de Vilnius nesse tipo de conversa”, acrescentou Kristersson.

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