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    Sudão: ONU faz apelo por vítimas de “guerra esquecida”

    Avanço do conflito sobre região de Darfur leva milhões à insegurança alimentar

    Refugiados sudaneses se reúnem enquanto equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) ajudam os feridos por combates de Darfur Ocidental, Sudão, no hospital Adre, no Chade
    Refugiados sudaneses se reúnem enquanto equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) ajudam os feridos por combates de Darfur Ocidental, Sudão, no hospital Adre, no Chade 16/06/2023Cortesia de Mohammad Ghannam/MSF/Divulgação via REUTERS

    Salvador Stranoda CNN

    O Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos disse na sexta-feira (17) estar “horrorizado” com a escalada da violência perto de al-Fashir, no norte do Sudão. Volker Türk também relatou ter tido conversas ao longo da semana com os comandantes de ambos os lados do conflito, alertando para um desastre humanitário caso a cidade seja atacada.

    Centenas de milhares de pessoas estão abrigadas em al-Fashir sem acesso a suprimentos básicos, em meio a temores de que os combates nas proximidades se transformem em um conflito aberto pela cidade, o último reduto do exército sudanês na região ocidental de Darfur.

    A conquista da cidade seria um grande impulso para as Forças de Apoio Rápido (RSF), que se opõem às Forças Armadas Sudanesas (SAF), em meio ao crescimento da pressão internacional por uma negociação que leve ao fim da guerra, que já chega a 13 meses consecutivos.

    Fome é iminente

    O Alto Comissário ainda afirma que qualquer incursão na cidade de al-Fashir levaria milhões de civis à insegurança alimentar, o que levaria ao aprofundamento do “conflito entre comunidades com consequência humanitárias desastrosas”.

    Já o Escritório da ONU para a coordenação de Assuntos Humanitários fez, ainda, um apelo à comunidade internacional por apoio ao plano de resposta formulado para levar ajuda aos mais afetados pela guerra no Sudão.

    O projeto tenta arrecadar US$ 2,7 bilhões, que apoiariam 15 milhões de sudaneses. Ainda assim, até aqui só foi possível captar 12% do total – sem a garantia imediata de transferência dos valores. “Não conseguiremos aumentar esse valor a tempo para estancar a fome e prevenir que ela volte”, afirmou um porta-voz da entidade.

    A guerra civil entre a SAF e a RSF começou em abril de 2023. O conflito levou à retirada de mais de 8,8 milhões de pessoas de suas casas.

    *Com informações da Reuters e da CNN