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    Sonda fotografou toda superfície de Marte, diz agência espacial chinesa

    Tianwen-1 foi lançada em 2020 e pouso em Marte em maio passado

    Jessie Yeungda CNN

    Depois de mais de um ano na superfície de Marte, a sonda chinesa Tianwen-1 fez imagens cobrindo todo o planeta vermelho, anunciou a agência espacial do país na quarta-feira (29).

    Tianwen-1, que significa “busca pela verdade celestial”, foi lançado em 2020 e pousou em Marte em maio passado, quando o rover Zhurong a bordo iniciou sua missão de patrulhar e explorar o planeta enquanto o orbitador girava no céu.

    Uma imagem de dunas em Marte, tirada pelo rover Zhurong da sonda Tianwen-1 pouco antes de entrar em dormência em maio de 2022.
    Uma imagem de dunas em Marte, tirada pelo rover Zhurong da sonda Tianwen-1 pouco antes de entrar em dormência em maio de 2022. / Reprodução/ CNN

    Em um comunicado, a Agência Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) disse que a sonda já completou todas as suas tarefas atribuídas, incluindo a captura de imagens de média resolução cobrindo todo o planeta.

    As imagens, postadas pela agência espacial nas redes sociais, mostram o terreno acidentado da paisagem marciana: dunas vermelhas empoeiradas, vulcões, crateras de impacto, a camada de gelo do polo sul e os penhascos e cordilheiras dos cânions Valles Marineris – um dos maiores cânions do nosso sistema solar.

    As imagens foram tiradas pelo orbitador da sonda, que circulou Marte 1.344 vezes, capturando imagens do planeta de todos os ângulos, enquanto o rover explorava a superfície, disse a CNSA.

    O rover de seis rodas transportou instrumentos científicos em sua jornada, reunindo informações sobre a estrutura geológica, atmosfera, meio ambiente e solo de Marte. A sonda coletou 1.040 gigabytes de dados científicos brutos, que foram processados ​​por cientistas na Terra e entregues a equipes de pesquisa para estudos adicionais, disse a agência.

    Uma imagem de alta resolução mostrando a borda de uma cratera em Marte e o início do poço.
    Uma imagem de alta resolução mostrando a borda de uma cratera em Marte e o início do poço. / Reprodução/ CNN

    A CNSA afirmou que compartilhou as informações de voo do orbitador com a Nasa (agência espacial norte-americana) e a Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês), e os dados científicos estarão disponíveis para cientistas internacionais “no momento apropriado”.

    Com as temperaturas caindo durante o inverno marciano, bem como as más condições de areia e poeira, o rover entrou em modo inativo em 18 de maio, que durará até a estação severa antes de seu despertar esperado em dezembro – quando a área de pouso entrará no início da primavera, trazendo um clima melhor.

    O orbitador continuará realizando testes e se preparando para tarefas futuras, disse a agência espacial.

    Antes do sucesso da China com o Tianwen-1, apenas os Estados Unidos e a antiga União Soviética haviam pousado uma espaçonave na superfície de Marte – mas a Índia, a ESA e os Emirados Árabes Unidos enviaram espaçonaves para entrar na órbita do planeta.

    Com Tianwen-1, a China foi a primeira nação a tentar enviar um orbitador e um rover em sua primeira missão em Marte. A Nasa, por exemplo, enviou vários orbitadores a Marte antes mesmo de tentar um pouso.

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