Soldados ucranianos estão ‘prontos para qualquer cenário’, diz ministro do Interior
Segundo o Ministério da Defesa, dois militares ucranianos foram mortos e quatro ficaram feridos neste sábado; país acusa Rússia de 70 violações de cessar-fogo
![Soldados ucranianos hasteiam bandeira nacional em área de treinamento Soldados ucranianos hasteiam bandeira nacional em área de treinamento](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/02/GettyImages-1238550658.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
O ministro do Interior da Ucrânia, Denys Monastyrskiy, afirmou que os soldados do país estão “prontos para qualquer cenário” diante da escalada de tensão na fronteira. “O espírito é incrivelmente corajoso e todos [os soldados] estão prontos para qualquer cenário”, disse.
Uma equipe da CNN e outros jornalistas que acompanhavam o ministro ucraniano em uma visita às linhas de frente no leste da Ucrânia foram alvo de tiros de morteiro neste sábado (19). Ninguém ficou ferido.
O ministro do Interior buscou proteção enquanto vários morteiros caiam nas proximidades. Logo após o bombardeio, ele deu entrevistas à mídia internacional em Novoluhanske.
Cerca de uma dúzia de tiros de morteiro caíram a algumas centenas de metros do grupo. Falando à CNN antes de deixar a área, Monastyrskiy afirmou que havia falado com todos os soldados que estavam no local.
Ele disse que esta havia sido sua primeira vez sob fogo. Monastyrskiy disse aos repórteres que estava no carro a caminho do local – ele e sua equipe precisavam parar toda vez que ouviam os ataques e se deitavam no chão.
Em uma entrevista coletiva mais tarde em Kramatorsk, o ministro ucraniano foi questionado pela CNN sobre o papel que a Ucrânia acreditava que os conselheiros militares russos estavam desempenhando nos combates na parte leste do país.
“Temos informações sobre o avanço do exército russo em nosso território”, disse.
“Há também informações de que certas unidades do Wagner PMC entraram em nosso território. O objetivo da permanência é organizar sabotagem em nosso território”, disse a autoridade.
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Um soldado ucraniano caminha por uma trincheira em Svitlodarsk, na Ucrânia, no dia 11 de fevereiro
Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images - 2 de 14
Duas militares ucranianas fazem uma pausa em um refeitório na trincheira em Pisky, Ucrânia
Crédito: Gaelle Girbes/Getty Images - 3 de 14
Voluntários paramilitares da Legião Nacional da Geórgia dão instruções a dois meninos (à dir.) sobre técnicas de tiro em Kiev, Ucrânia. A Legião Nacional da Geórgia viu um aumento nos pedidos de adesão e no número de participantes em seus cursos de treinamento no mês passado
Crédito: Chris McGrath/Getty Images - 4 de 14
As forças armadas russas e bielorrussas participam do exercício militar "Allied Determination 2022", na Bielorrússia, em 11 de fevereiro de 2022. A segunda fase dos exercícios está prevista para durar até 20 de fevereiro
Crédito: BELARUSÂ DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images - 5 de 14
Navio de desembarque da Marinha russa cruza o estreito de Bósforo a caminho do Mar Negro, no dia 9 de fevereiro, em Istambul, Turquia. O Ministério da Defesa da Rússia disse que seis grandes navios estão se movendo do Mediterrâneo para o Mar Negro, onde participarão dos exercícios já em andamento
Crédito: Burak Kara/Getty Images - 6 de 14
Sistemas de mísseis de defesa aérea S-400 Triumf durante os exercícios militares conjuntos "Allied Determination 2022" realizados por tropas bielorrussas e russas
Crédito: Russian Defence Ministry/TASS - 7 de 14
Soldados russos e bielorussos em exercícios militares na fronteira
Crédito: BELARUS DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images - 8 de 14
Imagens de satélite mostram militares no aeródromo de Oktyabrskoye e Novoozernoye, na Crimeia, no aeródromo de Zyabrovka perto de Gomel, em Belarus, e em área de treinamento de Kursk, no oeste da Rússia
Crédito: Maxar Technologies - 9 de 14
Soldados dos EUA chegam à base militar de Mihail Kogalniceanu, na Romênia, em 11 de fevereiro
Crédito: Alexandra Stanescu /Anadolu Agency via Getty Images - 10 de 14
Equipamento militar do Exército dos EUA, que está sendo transportado da Alemanha para a Romênia, é visto dentro de uma base militar, no dia 10 de fevereiro, na Romênia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o envio de 3.000 soldados adicionais para reforçar os contingentes militares de países membros da OTAN
Crédito: Andreea Campeanu/Getty Images - 11 de 14
Veículos militares do Exército dos EUA circulam na área de treinamento militar de Grafenwoehr. O Exército dos EUA está transferindo cerca de 1.000 soldados, incluindo tanques e veículos militares, de sua base em Vilseck, no Alto Palatinado, para a Romênia
Crédito: Armin Weigel/picture alliance via Getty Images - 12 de 14
Soldado ucraniano é visto saindo de Svitlodarsk, na Ucrânia, em 11 de fevereiro de 2022
Crédito: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images - 13 de 14
Biden diz a Putin que EUA vão reagir com “consequências severas” se Rússia invadir Ucrânia
Crédito: Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images - 14 de 14
Equipamentos militares e soldados do exército dos EUA em base temporária em Mielec, Polônia, em 12 de fevereiro de 2022
Crédito: Anadolu Agency/Getty Images
Força paramilitar da Rússia e armamento proibido pelo acorde de Minsk
Wagner é uma força paramilitar russa privada que há muito está associada aos separatistas no leste da Ucrânia e também foi enviada à Líbia, Síria e República Centro-Africana, entre outros países.
O governo russo nega qualquer ligação com a força Wagner ou outros contratados militares privados.
Nos últimos dias, as forças armadas ucranianas relataram um aumento no disparo de armas pesadas contra posições ucranianas ao longo do que é conhecido como “linha de contato”.
O Ministério da Defesa ucraniano disse que até as 17h (no horário local) deste sábado, “70 violações do regime de cessar-fogo foram registradas pelas forças de ocupação russas, 60 das quais usando armas proibidas pelos acordos de Minsk”.
O ministério também disse que dois militares ucranianos foram mortos e quatro ficaram feridos neste sábado.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, repetiu em um post no Facebook que a Ucrânia não tinha planos de lançar uma ofensiva contra as regiões separatistas, como alegaram os líderes das autodeclaradas repúblicas de Luhansk e Donetsk.
“Não planejamos nenhuma ofensiva, mas não permitiremos o disparo contra as posições de nossas tropas e assentamentos humanos impunemente”, disse Reznikov.