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    Sites de Ministério das Relações Exteriores e do Parlamento da Ucrânia estão fora do ar

    Autoridades ucranianas disseram nesta semana que viram avisos on-line de que hackers estavam se preparando para lançar grandes ataques

    , Kiev

    Vários sites estatais ucranianos, incluindo as páginas do governo e do Ministério das Relações Exteriores, ficaram inacessíveis na tarde desta quarta-feira (23). Autoridades ucranianas disseram nesta semana que viram avisos on-line de que hackers estavam se preparando para lançar grandes ataques contra agências governamentais, bancos e o setor de Defesa.

    A Ucrânia sofreu uma série de ataques cibernéticos que Kiev atribuiu à Rússia. Moscou, que está envolvida em um confronto crescente com o Ocidente sobre a Ucrânia, negou qualquer envolvimento.

    Estado de emergência

    Um estado de emergência deve ser introduzido em todas as partes da Ucrânia sob controle do governo, anunciou o Conselho de Segurança e Defesa Nacional do país nesta quarta-feira (23). A medida deverá ser aprovada pelo Parlamento ucraniano em 48 horas e terá duração de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias.

    Também nesta quarta, a Ucrânia começou a recrutar reservistas com idades entre 18 e 60 anos após um decreto do presidente Volodymyr Zelensky, disseram as Forças Armadas em um comunicado. O período máximo de serviço é de um ano.

    Zelensky disse nesta terça-feira (22) que estava introduzindo o recrutamento de reservistas, mas descartou uma mobilização geral depois que a Rússia anunciou que estava movendo tropas para o leste da Ucrânia.

    Em um pronunciamento gravado exibido nesta terça-feira (22), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu o apoio internacional, pediu por sanções e disse que a prioridade é preservar a soberania e integridade territorial do país.

    Zelensky pediu união ao povo e aos políticos, afirmando que é necessário defender a economia e os empregos. Ele também anunciou um programa de “patriotismo econômico” que inclui o incentivo à produção local e cortes de impostos sobre o valor agregado da gasolina.

    De acordo com o presidente ucraniano, o país ainda busca saídas diplomáticas para a crise, mas que não cederá nenhum território à Rússia, pedindo uma cúpula de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, juntamente com a Alemanha e a Turquia.

    Ele terminou o pronunciamento dizendo que “desejamos paz e calma, mas se ficarmos quietos hoje, amanhã desapareceremos”.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia está aumentando a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.

    Mapa da Ucrânia
    Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    Nesta terça-feira (22), países como Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido anunciaram duras sanções a bancos e oligarcas russos. As determinações dos EUA, por exemplo, incluem o bloqueio total em dois bancos russos, proibição de financiamento e negociação de dívidas com o mercado do Ocidente.

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