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    Sibéria atinge temperaturas recordes em meio a “pior onda de calor da história”

    No sábado passado, as temperaturas atingiram 37,9ºC em Jalturovosk, registrando o dia mais quente da história, segundo o climatologista Maximiliano Herrera

    Laura Paddisonda CNN

    Dezenas de recordes de calor foram atingidos na Sibéria, com as temperaturas subindo acima de 37,7ºC.

    Apesar de ser apenas o início de junho, os recordes estão caindo em partes da Sibéria, à medida que o calor extremo avança para latitudes mais altas.

    No sábado passado, as temperaturas atingiram 37,9ºC em Jalturovosk, registrando o dia mais quente da história, segundo o climatologista Maximiliano Herrera, que monitora temperaturas extremas em todo o mundo.

    Algumas dessas estações têm entre cinco e sete décadas de registros de temperatura, disse Herrera à CNN. “Portanto, podemos dizer que é realmente excepcional.” É a “pior onda de calor da história” da região.

    Ao que parece, a situação vai ficar ainda pior. “Os recordes continuam caindo hoje com temperaturas novamente em torno de 40ºC”, disse Herrera à CNN.

    Uma análise científica pode ser feita para avaliar o quanto as mudanças climáticas estão influenciando esse evento, mas o que se sabe é que o aquecimento global está causando temperaturas mais extremas, principalmente nas latitudes mais altas.

    Uma onda de calor particularmente intensa e prolongada em 2020, que viu a cidade ártica siberiana de Verkhoyansk os 38ºC, teria sido “quase impossível” sem a mudança climática causada pelo homem, segundo uma análise de uma equipe de cientistas internacionais.

    A Sibéria tende a ter grandes flutuações mensais e anuais de temperatura, mas nas últimas décadas houve uma forte tendência de aquecimento.

    “A Sibéria é uma das regiões de aquecimento mais rápido do planeta, com extremos quentes aumentando de intensidade”, disse Omar Baddour, chefe de monitoramento climático e serviços de políticas da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

    A região “tem visto algumas ondas de calor muito intensas”, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas da União Europeia.

    “Essas ondas de calor têm grandes implicações para as pessoas e a natureza e continuarão a acontecer com mais frequência, a menos que reduzamos rapidamente as emissões de gases de efeito estufa”, disse ela à CNN.

    À medida que a temporada de incêndios florestais se instala no Hemisfério Norte, a Sibéria – junto com o Canadá – também enfrenta incêndios florestais significativos e intensos. E é provável que o calor extremo piore os incêndios florestais.

    Não é apenas a Sibéria que registrou calor recorde esta semana. No início de abril, o Turcomenistão, na Ásia, registrou temperaturas de 42ºC, o que foi “um recorde mundial para essa latitude”, disse Herrera. Desde então, o calor na região não parou.

    Na quarta-feira, temperaturas de mais de 45ºC foram registradas na China, 43°C no Uzbequistão e 41ºC no Cazaquistão. É “uma onda de calor histórica, que está reescrevendo a história climática mundial”, completou Herrera.

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