Setembro foi o mês mais quente já registrado no mundo, diz centro de pesquisas
Diversos países relataram recordes de temperatura; ano de 2020 poderá se tornar o mais quente da história
Setembro foi o mês mais quente já registrado no mundo, segundo dados divulgados, nesta quarta-feira (7), pelo centro de pesquisas Copernicus Climate Change (C3S), da Comissão Europeia, que monitora o clima do planeta. Os pesquisadores apontam que 2020 também poderá alcançar o marco do ano com maiores temperaturas da história.
O mês de setembro de 2020 superou em 0,05°C o recorde anterior na média global, registrado em 2019 pelo centro, e em 0,08°C o mesmo período em 2016 – considerado o terceiro mais quente. Se considerada a série histórica para o mês, o aumento é de 0,63°C dos últimos 39 anos (1981-2020).
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O fenômeno, caracterizado pelo centro como anomalia da temperatura global, foi constatado principalmente na América do Sul, Austrália, Oriente Médio e na costa norte da Sibéria, assim como em toda a Europa. Outra informação apontada no mês é a diminuição da extensão de gelo do mar Ártico, ao norte do planeta, sendo a segunda mais baixa já registrada, pela extensão diária ou média mensal.
Anualmente falando, 2016 ainda é tido como o com maiores temperaturas, mas os pesquisadores acreditam que 2020 caminha para superar essa marca. “Nos últimos três meses de 2020, eventos climáticos como o La Niña e os prováveis “baixos níveis de cobertura de gelo do Ártico no outono influenciarão se o ano como um todo se tornará o mais quente já registrado”, diz o Copernicus.
É preciso observar, no entanto, que há o aumento geral da temperatura global em uma taxa média que gira em torno a 0,2°C por década, desde o final dos anos 1970.
O C3S faz o monitoramento do clima global por meio de boletins divulgados mensalmente a respeito da temperatura da superfície do ar e outras variáveis climáticas. A série histórica começou em 1981, com dados compilados desde 1979.