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    Serviço de espionagem de Putin acusa EUA de tentarem interferir nas eleições russas

    SVR, o principal sucessor do serviço de espionagem da KGB, não apresentou quaisquer provas para as suas afirmações

    Vladimir Putin em Odintsovo
    Vladimir Putin em Odintsovo 16/1/2024 Sputnik/Sergei Savostyanov/Pool via REUTERS

    Guy Faulconbridgeda Reuters

    em Moscou

    O serviço de inteligência estrangeira do presidente Vladimir Putin acusou, nesta segunda-feira (11), os Estados Unidos de tentarem se intrometer nas eleições presidenciais da Rússia e disse que Washington tem planos de lançar um ataque cibernético ao sistema de votação online.

    Putin, que quase certamente vencerá as eleições presidenciais de 15 e 17 de Março, alertou o Ocidente que qualquer tentativa de potências estrangeiras de interferir nas eleições seria considerada um ato de agressão.

    O Serviço de Inteligência Estrangeira (SVR) da Rússia disse em um comunicado que tinha informações de que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, pretendia interferir nas eleições, informou a mídia estatal.

    “De acordo com informações recebidas pelo Serviço de Inteligência Estrangeira da Federação Russa, a administração de J. Biden está estabelecendo uma tarefa para as ONGs americanas conseguirem uma diminuição na participação”, disse o SVR.

    “Com a participação dos principais especialistas americanos em TI, está prevista a realização de ataques cibernéticos ao sistema de votação eletrônica remota, o que tornará impossível a contagem dos votos de uma proporção significativa de eleitores russos”, disse o SVR.

    O SVR, o principal sucessor do serviço de espionagem da KGB, não apresentou quaisquer provas para as suas afirmações. Não houve reação imediata de Washington.

    O Ocidente apresenta Putin como um ditador, um criminoso de guerra e um assassino que levou a Rússia a uma apropriação de terras no estilo imperial que enfraqueceu a Rússia e forjou o Estado ucraniano, ao mesmo tempo que uniu o Ocidente e entregou à Otan uma missão pós-Guerra Fria.

    Putin descreve a guerra na Ucrânia como uma batalha existencial entre uma civilização russa “sagrada” e um Ocidente arrogante que, segundo ele, está em declínio cultural, político e económico e que procurou humilhar a Rússia após a queda da União Soviética.

    O Kremlin disse na semana passada que a Rússia não se intrometerá nas eleições presidenciais de novembro nos EUA e rejeitou as conclusões americanas de que Moscou orquestrou campanhas para influenciar as eleições presidenciais dos EUA de 2016 e 2020.

    Putin, o líder supremo da Rússia desde 1999, fez uma série de comentários irônicos sobre as eleições nos EUA, dizendo que considera Joe Biden preferível como o próximo presidente dos EUA a Donald Trump.