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    Sequestradores exigem R$ 3 milhões para soltar estudantes na Nigéria, dizem autoridades

    Mais de 280 pessoas, incluindo alunos e funcionários de uma escola, estão sob posse dos criminosos

    Homens armados na Nigéria sequestram dezenas de alunos da escola
    Homens armados na Nigéria sequestram dezenas de alunos da escola REUTERS

    Garba Muhammadda Reuters

    Homens armados que sequestraram 286 estudantes e funcionários de uma escola no norte da Nigéria na semana passada estão exigindo um total de 1 bilhão de nairas (cerca de R$ 3 milhões) para sua libertação, segundo disseram um porta-voz das famílias dos reféns e um vereador local à Reuters.

    Crianças em idade escolar, alguns estudantes mais velhos e funcionários da escola foram raptados em 7 de março na cidade de Kuriga, no estado de Kaduna, no noroeste da Nigéria. Esse foi o primeiro rapto em massa no país desde 2021.

    Jubril Aminu, um líder comunitário que atua como porta-voz das famílias dos reféns, afirmou ter recebido uma ligação dos sequestradores na terça-feira (12).

    “Eles fizeram um pedido de resgate total de 1 bilhão [de nairas] para todos os alunos, estudantes e funcionários da escola”, informou Aminu.

    “Eles deram um ultimato para pagar o resgate dentro de 20 dias, a partir da data do sequestro. Eles disseram que matariam todos os estudantes e funcionários se o pedido de resgate não fosse atendido”, adicionou.

    Idris Ibrahim, funcionário eleito do conselho municipal do distrito de Kuriga, confirmou o pedido de resgate e o valor. “Sim, os sequestradores ligaram para a comunidade através do número de Jubril Aminu e fizeram a exigência”, pontuou.

    “Eles ligaram de um número oculto, mas as autoridades estão trabalhando para conseguir o número”, adicionou Ibrahim à Reuters.

    Ibrahim acrescentou que as forças de segurança estão tomando “medidas adequadas” para garantir a libertação dos estudantes.

    Samuel Aruwan, comissário de segurança interna e assuntos internos no estado de Kaduna, não respondeu imediatamente aos pedidos da Reuters para comentar as exigências dos sequestradores.

    Porta-vozes do presidente nigeriano, Bola Tinubu, e do Exército também não responderam aos pedidos de comentários.

    O ministro da Informação do país, Mohammed Idris, ressaltou aos repórteres que a posição de Tinubu sobre os sequestros em Kuriga era que as forças de segurança deveriam garantir a libertação dos reféns sem qualquer pagamento aos sequestradores.

    “O presidente determinou que as agências de segurança devem, com urgência, garantir que estas crianças e todos aqueles que foram raptados sejam trazidos de volta para um local seguro e também, no processo, garantir que nem um centavo seja pago pelo resgate”, destacou.

    Sob o governo do antecessor de Tinubu, foi introduzida legislação impondo pena de prisão para qualquer pessoa encontrada pagando um resgate para libertar um refém, à medida que os sequestros na Nigéria se tornavam cada vez mais frequentes.

    O pedido de resgate para os estudantes e funcionários da escola de Kuriga passa de 2 mil dólares por refém, ou mais do que o rendimento per capita anual na Nigéria, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).