Separatistas apoiados pela Rússia impõem toque de recolher e censura em região da Ucrânia
Medidas foram regulamentadas por um decreto assinado pelo líder de Donetsk, Denis Pushilin
Os moradores da autoproclamada República Popular de Donetsk, no leste da Ucrânia, tem, a partir deste domingo (24), que conviver com um toque de recolher e censura às comunicações, segundo a mídia estatal russa.
O toque de recolher durará das 23h às 4h, no horário local, durante a semana, a partir de segunda-feira (25). A medida foi regulamentada por um decreto assinado pelo líder da região apoiado pela Rússia, Denis Pushilin, informou a agência de notícias estatal TASS.
Alguns oficiais e funcionários públicos ficarão isentos da ordem, incluindo aqueles que supervisionam o fornecimento de alimentos e outros itens essenciais. Policiais, seguranças e pessoas com passes especiais também terão permissão para circular durante o horário do toque de recolher.
Pushilin assinou o decreto em 18 de setembro, mas ele entrou em vigor neste domingo, quando foi publicado, segundo a TASS.
Censura
Um decreto adicional impõe censura militar ao correio, às comunicações pela internet e às conversas telefônicas, segundo a agência.
Conforme determina o texto, o Serviço Federal de Segurança Russo e o chamado “Ministério da Informação” de Donetsk desenvolverão e aplicarão medidas de censura.
As autoridades locais caracterizaram a medida como um esforço para combater sabotadores e oficiais de reconhecimento inimigos, segundo a agência de notícias estatal RIA Novosti.
Contexto principal
A guerra eclodiu em 2014, após rebeldes apoiados pela Rússia terem tomado edifícios governamentais em vilas e cidades em todo o leste da Ucrânia. Os combates intensos deixaram partes das regiões ucranianas de Luhansk e Donetsk nas mãos de separatistas apoiados pela Rússia.
As áreas controladas pelos separatistas ficaram conhecidas como Repúblicas Populares de Luhansk e Donetsk. O governo ucraniano em Kiev afirma que as duas regiões estão, na verdade, temporariamente ocupadas pela Rússia. Eles não foram reconhecidos por nenhum governo além da Rússia e dos seus aliados próximos, Síria e Coreia do Norte.
O governo ucraniano recusou-se firmemente a falar diretamente com os líderes de qualquer um dos governos autoproclamados e tem como objetivo recuperar o controle dos territórios na sua luta contra a invasão em grande escala da Rússia.
Veja também: Ucrânia destrói base naval russa na Crimeia com míssil
Imagens mostram a destruição da guerra entre Rússia e Ucrânia
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Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito • 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko
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Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia • 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS
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Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. • Felipe Dana/AP
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Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia • 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov
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Área residencial inundada após o colapso da barragem de Nova Kakhovka na cidade de Hola Prystan, na região de Kherson, Ucrânia, controlada pela Rússia, em 8 de junho. • Alexander Ermochenko/Reuters
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Imagens de drone obtidas pelo The Wall Street Journal mostram soldado russo se rendendo a um drone ucraniano no campo de batalha de Bakhmut em maio. • The Wall Street Journal
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut • Vista área da cidade ucraniana de Bakhmut em imagem de vídeo15/06/202393rd Kholodnyi Yar Brigade/Divulgação via REUTERS
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Socorristas trabalham em casa atingida por míssil, em Kramatorsk, Ucrânia • 14/06/2023Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Handout via REUTERS
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A cidade de Velyka Novosilka, na linha de frente, carrega as cicatrizes de um ano e meio de bombardeios. • Vasco Cotovio/CNN
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Crateras e foguetes não detonados são uma visão comum na cidade de Velyka Novosilka, que foi atacada pelas forças russas. • Vasco Cotovio/CNN
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Policial ucraniano dentro de cratera perto do edifício danificado por drone russo. • Reprodução/Reuters
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Rescaldo de um ataque de míssil russo na região de Zhytomyr • Bombeiros trabalham em área residencial após ataque de míssil russo na cidade de Zviahel, Ucrânia09/06/2023. Press service of the State Emergency Service of Ukraine in Zhytomyr region/Handout via REUTERS
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Danos à barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, são vistos em uma captura de tela de um vídeo de mídia social. • Telegram/@DDGeopolitics
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Vista da ponte destruída sobre o rio Donets • Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
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Ataque com míssil mata criança de 2 anos e deixa 22 pessoas feridas na Ucrânia, diz governo • Ministério da Defesa da Ucrânia/Divulgação/Twitter
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Foto tirada por ucraniana após ataques com drones russos contra Kiev. Drones foram abatidos, mas destroços provocaram estragos. • Andre Luis Alves/Anadolu Agency via Getty Images
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Morador local de pé em frente a prédio residencial fortemente danificado durante o conflito Rússia-Ucrânia, no assentamento de Toshkivka, região de Luhansk, Ucrânia controlada pela Rússia • 24/03/2023REUTERS/Alexander Ermochenko
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Soldados ucranianos disparam artilharia na linha de frente de Donetsk em 24 de abril de 2023. • Muhammed Enes Yildirim/Agência Anadolu/Getty Images
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Ataque de mísseis russos atingem prédio residencial em Uman, na região central da Ucrânia • Reuters
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut capturada via drone • 15/04/2023 Adam Tactic Group/Divulgação via REUTERS
Com informação de Rob Picheta.