Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Sem citar Ortega, governo Lula se diz preocupado e oferece acolhimento a nicaraguenses

    Representação do país diz, na ONU, que "recebeu com extrema preocupação" a decisão sobre perda da nacionalidade de mais de 300 nicaraguenses, mas não citou o líder do regime

    Basília Rodrigues

    O governo brasileiro afirmou nesta terça-feira (7), em Genebra, que recebeu com preocupação a expulsão de opositores do regime de Daniel Ortega, na Nicarágua, e se ofereceu para recebê-los no Brasil.

    Sem citar o nome de Ortega, o Brasil destacou no Conselho de Segurança da ONU que “recebeu com extrema preocupação a decisão das autoridades nicaraguenses de determinar a perda da nacionalidade de mais de 300 cidadãos nicaraguenses”, declarou o embaixador do Brasil na ONU, Tovar da Silva Nunes.

    “Reafirmando seu compromisso humanitário com a proteção dos apátridas e com a redução da apatridia, o governo brasileiro se coloca à disposição para acolher as pessoas afetadas por esta decisão, nos termos do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira”, anunciou o embaixador.

    A manifestação vem um dia depois de Brasil ter se recusado a assinar declaração da ONU que atesta crime contra a humanidade no país. Peritos da ONU compararam as violações de direitos humanos da ditadura da Nicarágua ao nazismo de Adolf Hitler.

    Fontes do Itamaraty, ouvidas pela CNN, fizeram ponderações a tal comparação. Na avaliação desses integrantes da diplomacia do governo brasileiro, “para construir alguma solução, não dá pra começar com esse tipo de linguagem”.

    Na manifesta à ONU, nesta terça-feira, oficialmente, o Brasil não fez referência às conclusões dos peritos. A posição foi de defesa ao diálogo construtivo.

    Cerca de 300 opositores ao governo Ortega, considerados “traidores da pátria” pelo regime, tiveram seus direitos privados, e receberam sanções como perda da nacionalidade e expulsão.

    Tópicos