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    Secretário-geral da ONU diz que não desistirá de apelos por cessar-fogo em Gaza

    António Guterres afirmou que o Conselho de Segurança da ONU não é menos necessário por não ter conseguido aprovar a medida

    Andrew Millsda Reuters

    O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse neste domingo (10) que não desistirá de apelar por uma ajuda humanitária para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, acrescentando que a guerra minou a credibilidade e a autoridade do Conselho de Segurança.

    Gueterres falava na conferência do Fórum de Doha quando os Estados Unidos vetaram na última sexta-feira (8) uma proposta do Conselho de Segurança da ONU de um cessar-fogo humanitário imediato na guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.

    VÍDEO – EUA vetam resolução que pede cessar-fogo entre Israel e Hamas

    “Instei o Conselho de Segurança a pressionar para evitar uma catástrofe humanitária e reiterei o meu apelo para que fosse declarado um cessar-fogo humanitário”, afirmou Guterres.

    “Lamentavelmente, o Conselho de Segurança não conseguiu fazê-lo, mas isso não o torna menos necessário.” “Eu não vou desistir,” acrescentou.

    O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse na reunião que Doha continuará pressionando Israel e o Hamas por uma trégua, apesar do “estreitamento” de chances de paz.

    O Catar, onde estão baseados vários líderes políticos do Hamas, tem liderado as negociações entre o grupo e Israel.

    Al Thani disse que os reféns foram libertados de Gaza por causa de negociações e não por causa das ações militares de Israel.

    O chefe da UNRWA, a agência de ajuda da ONU aos palestinos, Philippe Lazzarini, disse que a desumanização dos palestinos permitiu à comunidade internacional tolerar os contínuos ataques de Israel a Gaza.

    “Não há dúvida de que é necessário um cessar-fogo humanitário se quisermos acabar com o inferno na terra agora mesmo em Gaza”, explicou Lazzarini.

    Os Estados Unidos e Israel se opõe a um cessar-fogo, porque acreditam que a medida só beneficiaria o Hamas. Em vez disso, Washington apoia pausas nos combates para proteger os civis e permitir a libertação de reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro.

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