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    Secretário da Defesa dos EUA se opõe ao uso das Forças Armadas em protestos

    Declaração contraria posicionamento do presidente Donald Trump

    Protestos contra a morte de George Floyd, em frente ao capitólio em Washington, nos EUA
    Protestos contra a morte de George Floyd, em frente ao capitólio em Washington, nos EUA Foto: Kevin Lamarque/Reuters (1º.jun.2020)

    Da CNN

    O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, disse nesta quarta-feira (3) que não apoia a atuação das tropas para reprimir os protestos em larga nos Estados Unidos desencadeados pela morte de George Floyd.

    Ele também defendeu que essas forças devem ser usadas apenas em um papel de execução da lei como último recurso, contradizendo diretamente o presidente Donald Trump. “A opção de usar Forças Armadas em uma função de execução da lei deve ser usada apenas como uma questão de último recurso, e apenas nas situações mais urgentes e terríveis. Não estamos em uma dessas situações agora. Eu não apoio a invocação a Lei da Insurreição”, disse ele durante uma reunião no Pentágono.

    Além disso, Esper tentou explicar seu uso da expressão “campo de batalha” (battlespace, em inglês) ao discutir o combate à violência nas ruas em meio aos distúrbios civis. “É algo que usamos dia após dia, faz parte do nosso vocabulário militar com o qual eu cresci. Não é uma expressão focada nas pessoas”, disse ele. “No passado, eu teria usado palavras diferentes”.

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    Durante coletiva de imprensa no Pentágono nesta quarta-feira (3), Esper também declarou que não sabia das fotos que seriam tiradas durante a visita de Trump ao parque Lafayette e à igreja de São João na última segunda (1). “Eu sabia que iriamos até a igreja, mas não estava ciente das fotos posadas que seriam tiradas”, declarou Esper.

    Ex-funcionários do Departamento de Defesa e parlamentares criticaram a decisão de Esper em acompanhar Trump até o local minutos após policiais dispersarem os manifestantes que protestavam pacificamente na região.

    Esper declarou que não havia sido informado da operação de dispersão, mas acrescentou que nem esperava ser informado porque “não foi uma decisão militar, não foi uma ação militar”. “Faço tudo que posso para tentar não me envolver politicamente e evitar situações que possam parecer políticas. Às vezes sou bem sucedido, às vezes não tenho tanto sucesso”, acrescentou.