Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Se houvesse acidente severo, radiação atingiria a Rússia, diz especialista

    Presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear, Carlos Henrique Mariz, falou à CNN sobre os riscos ocasionados caso mísseis russos atingissem reatores de usina nuclear

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, nesta sexta-feira (4), o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Carlos Henrique Mariz, falou sobre os possíveis riscos ocasionados caso os mísseis russos atingissem reatores da usina nuclear Zaporizhzhia, na Ucrânia.

    Nesta sexta-feira (4), militares russos atacaram a maior usina nuclear do país. Um incêndio provocou temores de um possível acidente, mas o fogo foi contido. Após o ataque, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que os reatores da usina são seguros e que nenhum material radioativo foi liberado.

    Para Carlos Henrique Mariz, não há interesse da Rússia de causar problemas na usina, mas sim de proteger essa tecnologia que é vendida no mundo inteiro. À CNN, o entrevistado explicou que a usina de Zaporizhzhia utiliza tecnologia russa.

    “A Rússia deu todo suporte à construção e manutenção [da usina], é estranho pensar no que a Rússia quer ao jogar uma bomba em uma usina nuclear que representa seu país, pode ter havido alguma falha técnica. Não foi na usina, a bomba chegou no setor administrativo e ela continua funcionando normalmente, é importante que haja tranquilidade para que usina possa continuar operando, não vejo como a Rússia dar um tiro no próprio pé”, disse.

    O especialista alerta para os riscos que a Rússia enfrentaria caso houvesse uma explosão na usina nuclear. “Primeiro que se houvesse um acidente severo lá, ia jogar radiação para o espaço, que ia atingir a Rússia, ia atingir os soldados, todos. Segundo que ia queimar o nome da Rússia na tecnologia que ela mais vende pelo mundo afora”, acrescentou.

    Carlos Henrique Mariz, presidente da ABEN (Associação Brasileira de Energia Nuclear) em entrevista à CNN (04.03.22) / Divulgação/ CNN

    Tópicos