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    Saiba quem foi o controverso presidente do Haiti

    Jovenel Moïse enfrentava acusações de exercer ilegalmente seu mandato em meio a uma grave crise social no país

    Giovanna Galvani, da CNN, em São Paulo

    O presidente do Haiti Jovenel Moïse, assassinado em casa na madrugada desta quarta-feira 07, foi uma figura controversa, com muitos no país disputando seu direito de continuar no cargo neste ano.

    Enquanto os Estados Unidos e a Organização dos Estados Americanos apoiaram sua reinvidicação de continuar pelo quinto ano enquanto presidente, críticos afirmam que ele deveria ter saído do cargo em 7 de fevereiro de 2021, citando uma previsão constitucional que prevê o início do mandato assim que o presidente é eleito, e não quando ele assumiu.

    Ao longo de seu mandato, o presidente repetidamente falhou em assegurar eleições em níveis locais e nacionais, deixando boa parte da infraestrutura governamental do país vazia. Há mais de um ano, ele governava por decreto.

    Após o término de seu mandato sob a ótima da oposição, um protesto gerou dezenas de prisões após os manifestantes serem chamados por Moïse de golpistas, incluindo um juiz do Supremo Tribunal do país. “Prendemos 23 pessoas por conspiração contra o estado”, disse o ministro da Justiça, Rockefeller Vincent, na ocasião.

    Violência em Porto Príncipe

    A morte do presidente acontece em um cenário de extrema violência na capital haitiana, Porto Príncipe, que também já ceifou a vida de muitos cidadãos e escalou consideravelmente no mês de junho.

    Com o Haiti dividido politicamente, e enfrentando uma crescente crise humanitária e desabastecimento de alimentos, há temores da disseminação da desordem.

    Grupos rivais têm batalhado uns com os outros ou com a polícia pelo controle das ruas, deixando dezenas de milhares desabrigados e piorando a situação de crise no país.

    O ex-policial Jimmy Cherizer, apontado como líder de uma das gangues locais, recentemente afirmou perante a mídia local que haveria uma “revolução” na cidade.

    *Com informações de Lauren Said-Moorhouse e Nick Thompson, da CNN, e da Reuters