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    Saiba a origem do nome do Grupo Wagner, o exército mercenário que atua na guerra

    Grupo chefiado por Yevgeny Prigozhin homenageia um compositor alemão do século 19

    Combatentes do grupo Wagner em Rostov-on-Don
    Combatentes do grupo Wagner em Rostov-on-Don 24/06/2023REUTERS/Stringer

    Da CNN

    Criado em 2014 durante a invasão russa em Donbass, na Ucrânia, o Grupo Wagner homenageia em seu nome o compositor favorito do líder do Partido Nazista, Adolf Hitler: Richard Wagner (1813-1883). As informações são do analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna.

    Wagner, apesar de ser o criador de musicais como “Tristão e Isolda” e o “Anel de Nibelungo”, ficou conhecido também por suas práticas antissemitas, amplamente difundidas durante o Terceiro Reich na Alemanha.

    Um dos fundadores da organização mercenária, Dmitry Utkin, é nazista, com várias tatuagens sobre a ideologia.

    Hoje, o grupo é chefiado apenas por Yevgeny Prigozhin que acusou, no último sábado (24), a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias.

    Prigozhin conhece o presidente russo, Vladimir Putin, desde os anos 1990. Ele se tornou um oligarca rico ao ganhar contratos lucrativos de refeições com o Kremlin, o que lhe valeu o apelido de “chef de Putin”.

    Prigozhin fundou o Wagner para ser um grupo mercenário que luta tanto no leste da Ucrânia quanto, cada vez mais, por causas apoiadas pela Rússia em todo o mundo.

    CNN rastreou mercenários na República Centro-Africana, Sudão, Líbia, Moçambique, Ucrânia e Síria. Ao longo dos anos, eles desenvolveram uma reputação particularmente horrível e foram associados a vários abusos dos direitos humanos.

    Enquanto muitas tropas regulares russas tiveram contratempos no campo de batalha, os combatentes de Wagner pareciam ser os únicos capazes de fazer progressos tangíveis.

    Conhecido por desconsiderar a vida de seus próprios soldados, acredita-se que as táticas brutais e muitas vezes ilegais do grupo Wagner resultaram em um grande número de baixas, já que novos recrutas são enviados para a batalha com pouco treinamento formal.

    O processo é descrito pelo tenente-general reformado dos Estados Unidos Mark Hertling como “como alimentar carne para um moedor de carne”.

    Prigozhin usou as redes sociais para fazer lobby pelo que deseja e muitas vezes rivalizou com a liderança militar da Rússia, apresentando-se como competente e implacável em contraste com o estabelecimento militar.

    *Publicado por Douglas Porto