“Russos enfrentam dificuldade real no campo da guerra”, diz cientista político
À CNN, cientista político e pesquisador de Harvard Hussein Kalout falou sobre as dificuldades que as forças russas enfrentam ao avançar em território ucraniano
Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (21), o cientista político e pesquisador de Harvard Hussein Kalout falou sobre as dificuldades que as forças russas enfrentam ao avançar em território ucraniano.
Para o pesquisador, a Rússia elevou a utilização de material de bélico e busca atingir áreas mais próximas à capital ucraniana, Kiev.
“Os russos estão enfrentado uma dificuldade real no campo da guerra, não conseguem tomar o sul. A Rússia elevou de escala o tipo de armamento que estão utilizando. Ou seja, estão na última fase da utilização de material bélico, razão pela qual nós vimos o emprego dos mísseis supersônicos, e os bombardeios estão cada vez mais intensos, destrutivos, e mais letais”, disse Kalout.
Hussein Kalout destaca que o avanço de tropas russas em áreas próximas da capital ucraniana, revelam o intuito de forçar a rendição do país.
“Estão bombardeando cada vez mais áreas muito bem localizadas em torno da capital, com o objetivo de forçar a rendição ucraniana. Me parece que o Putin se se colocou em uma posição que não consegue recuar e também não consegue avançar para conquistar seus objetivos políticos e militares”, afirmou.
Ida de Biden a Europa
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os seus líderes mundiais aliados esperam finalizar e revelar um pacote de novas medidas para punir a Rússia, ajudar a Ucrânia e demonstrar a unidade ocidental em uma série de cúpulas de emergência na Europa esta semana.
À CNN, o cientista político Hussein Kalout destacou três principais objetivos de Joe Biden em visita à Europa.
“Primeiro, mostrará a unidade da Otan no sentido de se colocar como obstáculo aos objetivos bélicos da Rússia; segundo, mostrar a coesão da Europa e do Ocidente no isolamento a Moscou; e terceiro, o Biden busca reafirmar em sua missão o compromisso da Casa Branca com seus aliados”, afirmou.
“E consequentemente na busca de soluções para o abastecimento energético e a substituição da dependência europeia do petróleo e gás russos”, finalizou.