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    Rússia ordena retorno de parte das tropas à base após exercícios militares

    Segundo o Minsitério da Defesa russo, algumas unidades dos distritos sul e oeste vão deixar território próximo à Ucrânia

    Anton Kolodyazhnyyda Reuters

    Algumas tropas nos distritos militares da Rússia adjacentes à Ucrânia estão retornando às suas bases depois de completar os exercícios, informou o Ministério da Defesa russo nesta terça-feira (15) – uma medida que pode diminuir os atritos entre Moscou e o Ocidente.

    Um porta-voz do Ministério disse em um vídeo publicado online que, enquanto os exercícios de grande escala em todo o país continuam, algumas unidades dos distritos militares do sul e do oeste completaram seus exercícios e começaram a retornar à base.

    Imagens de vídeo publicadas pelo Ministério da Defesa mostraram alguns tanques e outros veículos blindados sendo carregados em vagões ferroviários.

    O Ministério disse que usaria caminhões para transportar alguns equipamentos, enquanto algumas tropas marchariam para as bases por conta própria.

    O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que Kiev acreditará no apaziguamento somente depois de ver a retirada da Rússia, informou a agência de notícias Interfax Ucrânia.

    “Ouvimos continuamente diferentes declarações da federação russa, por isso temos uma regra: acreditamos no que vemos. Se virmos a retirada, acreditaremos na desescalada”, disse Kuleba, segundo o relatório.

    Os movimentos relatados contrariam os avisos dos Estados Unidos e do Reino Unido de que a Rússia pode estar prestes a invadir a Ucrânia a qualquer momento.

    A secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que o Reino Unido precisaria ver uma remoção em larga escala das tropas russas da fronteira com a Ucrânia para acreditar que Moscou não tem planos de invasão.

    A Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto das fronteiras da Ucrânia, incluindo um grande contingente em exercícios conjuntos na Bielorrússia até 20 de fevereiro.

    Moscou negou ter planejado atacar a Ucrânia, mas está exigindo garantias dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de que Kiev não terá permissão para se juntar ao bloco militar. Washington e Bruxelas até agora se recusaram a fazer tais promessas.

    O chanceler alemão Olaf Scholz é esperado em Moscou nesta terça-feira (15) para se encontrar com o presidente Vladimir Putin em uma missão de alto risco para evitar a guerra.