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    Rússia “não vê sentido” em manter atual nível de presença diplomática no Ocidente

    Comandante militar, por sua vez, afirmou que objetivo russo é uma Ucrânia "amigável" e independente do Ocidente

    Chanceler russo, Sergei Lavrov
    Chanceler russo, Sergei Lavrov 24/03/2022Kirill Kudryavtsev/Pool via REUTERS

    Katharina KrebsJosh PenningtonMick Kreverda CNN

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta terça-feira (18) que “não há sentido” em manter o atual nível de presença diplomática do país no Ocidente, de acordo com a mídia estatal RIA Novosti.

    “Não faz sentido e não desejamos manter a mesma presença nos países ocidentais. Nosso povo trabalha em condições que dificilmente podem ser chamadas de humanas. Eles enfrentam problemas constantes, ameaças de ataques físicos”, afirmou Lavrov à imprensa durante uma reunião com universitários aceitos no serviço diplomático.

    “O principal é que não há trabalho lá desde que a Europa decidiu se fechar para nós e interromper qualquer cooperação econômica. Você não pode ser forçado a ser legal”, acrescentou.

    Lavrov destacou ainda que seu ministério está realizando uma “reorientação geográfica” de suas atividades no exterior e no “escritório central”.

    Ucrânia “amigável” e independente

    O novo comandante da chamada “Operação Militar Especial” russa pontuou, também nesta terça-feira, que o objetivo de seu país era uma Ucrânia que fosse “amigável” à Rússia e independente do Ocidente.

    “Russos e ucranianos são um só povo. Só queremos uma coisa: que a Ucrânia seja independente do Ocidente e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e seja amigável com o Estado russo”, disse o general Sergey Surovikin na televisão estatal.

    Surovikin assumiu seu posto de comando das operações no território vizinho há pouco mais de uma semana, após sua nomeação ser aprovada pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.

    “Não lutamos por altas taxas de avanço. Protegemos cada soldado e metodicamente ‘trituramos’ o inimigo que avança”, explicou.

    Ele descreveu, porém, o estado da campanha russa na Ucrânia como “tenso”. “O inimigo não abandona as tentativas de atacar as posições das tropas russas”, comentou.

    Parlamento estoniano classifica Rússia como “regime terrorista”

    O parlamento da Estônia, também conhecido como Riigikogu, classificou a Rússia como um “regime terrorista” e um “Estado que apoia o terrorismo” por causa da guerra na Ucrânia.

    “Apoiando o apelo do Parlamento da Ucrânia aos países e organizações internacionais, o Riigikogu declara o regime russo um regime terrorista e a Federação Russa um Estado que apoia o terrorismo, cujas ações devem ser enfrentadas em conjunto”, disse o presidente do Parlamento da Estônia em comunicado. “O Riigikogu pede à comunidade internacional que adote declarações semelhantes”, acrescentou.

    O Parlamento também destacou que considera os mercenários Wagner, da Rússia, bem como as forças armadas das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, como organizações terroristas.

    Segundo destacaram, as ameaças nucleares do presidente russo, Vladimir Putin, “transformaram a Rússia no maior perigo para a paz tanto na Europa quanto em todo o mundo”. Também houve condenação pela “anexação ilegal de territórios”.

    O Parlamento também entendeu que a Rússia deveria ser destituída de seu assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

    “O Riigikogu apela à União Europeia e aos Estados-Membros da Otan para aumentarem decisivamente a ajuda militar à Ucrânia. Isso é necessário para enfrentar a agressão da Federação Russa e restaurar a soberania da Ucrânia em seu território dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, finalizou.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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