Rússia diz que vai facilitar missão da AIEA a usina nuclear ucraniana
União Europeia (UE) e mais de 40 países pediram à Rússia que deixe a usina nuclear de Zaporizhzhia
A Rússia fará “tudo o que é necessário” para permitir que especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) visitem a usina nuclear de Zaporizhzhia no sul da Ucrânia, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, em comunicado publicado nesta segunda-feira (15).
“Em estreita cooperação com a agência e sua liderança, faremos todo o necessário para que os especialistas da AIEA estejam na estação e façam uma avaliação verdadeira das ações destrutivas do lado ucraniano”, disse Zakharova.
A usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, foi capturada pela Rússia durante a invasão da Ucrânia. A fábrica está sob bombardeio nos últimos dias, com Moscou e Kiev acusando-as de arriscar um acidente nuclear.
União Europeia e mais de 40 países pedem à Rússia que deixe usina nuclear ucraniana
Uma declaração conjunta da União Europeia e outros 42 países, incluindo os Estados Unidos, pediu à Rússia que retire imediatamente suas forças da Usina Nuclear de Zaporizhia, no sul da Ucrânia.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou na semana passada que partes da usina foram afetadas devido a ataques recentes , arriscando um potencial vazamento de radiação “inaceitável”.
“Pedimos à Federação Russa que retire imediatamente suas forças militares e todo o pessoal não autorizado da Usina Nuclear de Zaporizhia”, disse o comunicado conjunto, datado de 12 de agosto e publicado no domingo no site da Delegação da UE nas Organizações Internacionais em Viena.
A retirada deve ocorrer “para que o operador e as autoridades ucranianas possam retomar suas responsabilidades soberanas dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia e que a equipe operacional legítima possa realizar suas funções sem interferência externa, ameaça ou condições de trabalho inaceitavelmente duras”, disse o comunicado.
Isso também “permitiria que a AIEA realizasse sua verificação de acordo com as obrigações de salvaguardas da Ucrânia em condições seguras e protegidas e em tempo hábil”.
Na quinta-feira, o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, disse que a situação “alarmante” na usina atingiu um “momento grave”, ao pedir uma inspeção imediata da instalação por especialistas internacionais.
A declaração conjunta expressou apoio ao trabalho da AIEA e enfatizou que “o destacamento de militares e armamentos russos na instalação nuclear é inaceitável e desconsidera os princípios de segurança, proteção e salvaguardas que todos os membros da AIEA se comprometeram a respeitar”.
(Com informações da CNN)