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    Rússia diz que sanções pessoais mencionadas por Biden não atingiriam Putin

    País euroasiático chamou as sanções pessoais mencionadas pelo presidente americano nesta semana de “destrutivas” do ponto de vista diplomático

    Dmitry AntonovJohn Irishda Reuters

    A Rússia disse nesta quarta-feira (26) que as sanções pessoais contra Vladimir Putin não afetariam a figura do presidente, mas que medidas desse tipo seriam “politicamente destrutivas”.

    A resposta dos russos foi dada após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que consideraria impor sanções pessoais ao presidente russo caso a Ucrânia fosse invadida.

    Biden disse na terça-feira (25) que as sanções pessoais contra Putin, embora sejam uma medida rara, poderiam ser consideradas como medida dos Estados Unidos e de seus aliados para convencer Moscou a não atacar a Ucrânia.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os deputados e senadores americanos que discutem sanções pessoais contra os principais líderes russos estão ignorando o fato de que eles são legalmente impedidos de possuir ativos, propriedades e contas bancárias no exterior.

    As sanções individuais contra Putin não seriam “dolorosas, mas destrutivas politicamente”, disse Peskov, que já disse anteriormente que as medidas resultariam no agravamento das relações diplomáticas.

    A Ucrânia disse que a Rússia planeja uma invasão, o que foi negado por Moscou. O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que os russos tinham acumulado forças suficientes para uma ofensiva em grande escala, mas que isso não significava que não poderia haver uma tentativa posterior.

    Quase oito anos depois da Rússia tomar a Crimeia e apoiar guerrilheiros separatistas no leste da Ucrânia, a ex-república soviética se tornou o ponto crítico do potencial confronto mais perigoso entre Ocidente e Oriente desde a Guerra Fria.

    A Rússia diz que a crise está sendo impulsionada pela aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

    O país euroasiático exige garantias de segurança do Ocidente, incluindo uma promessa da Otan de nunca admitir a Ucrânia entre seus membros. Moscou vê a Ucrânia como uma zona de proteção entre a Rússia e os países da Otan.

    Aliados ocidentais já ameaçaram sanções econômicas contra a Rússia se o país atacar a Ucrânia, e os Estados Unidos negociam com países e empresas produtores de energia pelo mundo sobre um possível desvio do fornecimento à Europa caso ocorra a invasão da Ucrânia pela Rússia.

    A União Europeia depende da Rússia para fornecimento de cerca de um terço do gás consumido em seu território. Qualquer interrupção nas importações russas pode exacerbar uma crise energética causada pela escassez.

    Com informações de Natalia Zinets, Pavel Polityuk, Matthias Williams, Tom Balmforth, Vladimir Soldatkin, Gabrielle Tétrault-Farber, Maria Kiselyova, Andrew Osborn e Alexander Marrow