Rússia diz que coordena política para Oriente Médio com China
Nesta semana, russos e chineses discutiram conflito entre Israel e grupo radical islâmico Hamas
A Rússia disse nesta quinta-feira (19) que está coordenando sua política no Oriente Médio e no Norte da África com a China, aliada cada vez mais próxima, que recebeu a visita do presidente Vladimir Putin nesta semana.
Os russos afirmam que o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Mikhail Bogdanov, manteve conversas em Doha com Zhai Jun, enviado especial da China para o Oriente Médio. Os dois trocaram opiniões sobre o conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.
“Houve a confirmação do foco constante de Moscou e Pequim na estreita coordenação de esforços no interesse de uma solução política desta e de outras crises no Oriente Médio e no Norte de África”, disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo.
A Rússia considera a si mesma como potencial intermediária entre Israel e o Hamas, organização extremista que desencadeou a atual crise com um ataque surpresa em 7 de outubro. Israel respondeu com bombardeios aéreos que, segundo as autoridades de Gaza, feriram e mataram milhares de palestinos.
Moscou tentou atribuir parte da culpa pela crise aos Estados Unidos, aliado mais poderoso da Ucrânia, país que a Rússia invadiu em 2022.
Uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) redigida pela Rússia que fazia um apelo por um cessar-fogo humanitário em Gaza, somado à libertação de reféns, ao acesso humanitário e à evacuação segura de civis necessitados, não foi aprovada na segunda-feira (16).
O texto condenava a violência contra civis e todos os atos de terrorismo, mas não citava especificamente o Hamas.