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    Rússia diz que avanço militar na Ucrânia foi pausado na sexta, mas já foi retomado

    Porta-voz do Kremlin, Dmitriy Peskov, declarou em coletiva que Putin chegou a interromper ofensiva na expectativa de negociações com Kiev, que nunca aconteceram

    Da CNN

    Tropas russas começaram a avançar para a Ucrânia novamente neste sábado, depois que o presidente Vladimir Putin interrompeu a ofensiva um dia antes, antecipando conversas com Kiev que nunca aconteceram, disse o Kremlin.

    “Ontem, à luz das negociações pendentes com a liderança ucraniana, o comandante em chefe, o presidente da Rússia, ordenou a suspensão do avanço do principal grupo das forças armadas russas na Ucrânia”, disse Dmitry Peskov a repórteres em uma coletiva por telefone.

    “Mas, em essência, como o lado ucraniano recusou as negociações, a operação militar russa foi retomada hoje de acordo com o plano”, acrescentou.

    O porta-voz do Kremlin também disse em uma coletiva que a Rússia já esperava as sanções impostas pelo Ocidente em resposta à invasão e estava tomando medidas para minimizar seu impacto na economia.

    Batalha se intensifica

    A batalha pelo controle de Kiev, capital da Ucrânia, se intensifica ao longo deste sábado (26). Os combates se espalham pelas ruas, e explosões e tiros foram ouvidos durante a madrugada, enquanto as tropas russas avançavam sobre a cidade.

    De acordo o prefeito da capital Kiev, Vitaliy Klitschko, um prédio residencial de mais de 20 andares foi atingido por um míssil. As equipes de emergência se dirigiram ao local. Não há informações de vítimas.

    Equipes da CNN norte-americana na capital ucraniana relatam fortes explosões a oeste e sul de Kiev na manhã deste sábado. O céu, ainda escuro, iluminou-se com uma série de clarões no horizonte.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado que a capital Kiev está sob controle da Ucrânia. “Nós resistimos e estamos repelindo com sucesso os ataques inimigos. A luta continua”, disse ele em uma mensagem pelas redes sociais.

    De acordo com o governo ucraniano, um tanque e aeronaves do exército russo foram destruídas no combate desta madrugada. O Estado-maior das forças armadas informou que havia também ataques em outras cidades.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    * Com informações da Reuters e Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN