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    Rússia confirma ida de enviado do papa a Moscou para conversas sobre Ucrânia

    Porta-voz do Kremlin disse que o governo russo "saúda a aspiração do papa de contribuir para o fim do conflito armado"

    Gareth JonesKevin Liffeyda Reuters , em Moscou

    A Rússia aprecia os esforços do Vaticano para ajudar a resolver a crise na Ucrânia, disse o porta-voz do presidente Vladimir Putin, nesta quarta-feira (28), ao confirmar a chegada a Moscou de um enviado do papa Francisco para conversações de paz.

    “Valorizamos muito os esforços e as iniciativas do Vaticano e saudamos a aspiração do papa de contribuir para o fim do conflito armado (na Ucrânia)”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma coletiva de imprensa regular.

    Ele disse que o assessor de Relações Exteriores de Putin conversaria com o enviado, o cardeal Matteo Zuppi, a pedido do presidente russo.

     

    O Vaticano disse na terça-feira (27) que o principal objetivo de sua iniciativa era incentivar “gestos humanitários” que pudessem contribuir para a resolução do conflito.

    O cardeal se encontrou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e líderes religiosos ucranianos em Kiev em 6 de junho.

    O jornal católico francês La Croix informou que ele deveria se encontrar com o Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, enquanto estivesse em Moscou.

    Kirill é um aliado próximo de Putin e apoia totalmente o que a Rússia ainda descreve como sua “operação militar especial” na Ucrânia, como um baluarte contra um Ocidente “decadente”.

    A menção do Vaticano a “gestos humanitários” refere-se, aparentemente, ao pedido da Ucrânia para ajudar na repatriação de crianças ucranianas.

    Kiev estima que quase 19.500 crianças foram levadas ilegalmente para a Rússia ou para a Crimeia anexada à Rússia desde fevereiro de 2022.

    A Rússia rejeita isso, dizendo que apenas evacuou crianças cuja segurança estava em risco na zona de conflito.

    Zelensky pediu ao Vaticano que apoie seu próprio plano de paz, que exige a retirada de todas as tropas russas e a restauração das fronteiras estatais da Ucrânia.

    Com edição de Andrew Osborn

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