Rússia ataca terminais de grãos da Ucrânia pelo 4º dia e apreende navios no Mar Negro
Russos dizem que ataques a terminais de grãos são vingança pelo ataque à Ponte da Crimeia
![Ataques destruíram terminais de grãos em Odessa, na Ucrânica Ataques destruíram terminais de grãos em Odessa, na Ucrânica](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/07/GettyImages-1546545944-e1691702561688.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
A Rússia atacou novamente terminais de grãos ucranianos e fez exercícios de apreensão de navios no Mar Negro nesta sexta-feira (21). Líderes ocidentais acreditam que essa escalada russa pode ser uma tentativa de escapar das sanções impostas a ela pela guerra ao ameaçar uma crise alimentar global.
Os ataques diretos aos grãos da Ucrânia — parte fundamental da cadeia alimentar global — aconteceram após Kiev prometer desafiar o bloqueio naval da Rússia em seus portos de exportação depois que Moscou deixou um acordo de corredor marítimo seguro mediado pela ONU.
“Infelizmente, os terminais de grãos de uma empresa agrícola na região de Odessa foram atingidos. O inimigo destruiu 100 toneladas de ervilhas e 20 toneladas de cevada”, disse o governador regional Oleh Kiper no aplicativo de mensagens Telegram.
Duas pessoas ficaram feridas, afirmou ele. Fotografias divulgadas pelo Ministério de Emergências mostraram um incêndio em edifícios de metal amassados que pareciam ser depósitos e um veículo de combate a incêndio gravemente danificado.
Moscou descreveu os ataques recentes como uma vingança pelo ataque à Ponte da Crimeia — península ucraniana do Mar Negro anexada ilegalmente por Moscou em 2014.
FOTOS – Imagens mostram a destruição da guerra entre Rússia e Ucrânia
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Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito
Crédito: 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko - 2 de 20
Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia
Crédito: 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS - 3 de 20
Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023.
Crédito: Felipe Dana/AP - 4 de 20
Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia
Crédito: 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov - 5 de 20
Área residencial inundada após o colapso da barragem de Nova Kakhovka na cidade de Hola Prystan, na região de Kherson, Ucrânia, controlada pela Rússia, em 8 de junho.
Crédito: Alexander Ermochenko/Reuters - 6 de 20
Imagens de drone obtidas pelo The Wall Street Journal mostram soldado russo se rendendo a um drone ucraniano no campo de batalha de Bakhmut em maio.
Crédito: The Wall Street Journal - 7 de 20
Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut
Crédito: Vista área da cidade ucraniana de Bakhmut em imagem de vídeo15/06/202393rd Kholodnyi Yar Brigade/Divulgação via REUTERS - 8 de 20
Socorristas trabalham em casa atingida por míssil, em Kramatorsk, Ucrânia
Crédito: 14/06/2023Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Handout via REUTERS - 9 de 20
A cidade de Velyka Novosilka, na linha de frente, carrega as cicatrizes de um ano e meio de bombardeios.
Crédito: Vasco Cotovio/CNN - 10 de 20
Crateras e foguetes não detonados são uma visão comum na cidade de Velyka Novosilka, que foi atacada pelas forças russas.
Crédito: Vasco Cotovio/CNN - 11 de 20
Policial ucraniano dentro de cratera perto do edifício danificado por drone russo.
Crédito: Reprodução/Reuters - 12 de 20
Rescaldo de um ataque de míssil russo na região de Zhytomyr
Crédito: Bombeiros trabalham em área residencial após ataque de míssil russo na cidade de Zviahel, Ucrânia09/06/2023. Press service of the State Emergency Service of Ukraine in Zhytomyr region/Handout via REUTERS - 13 de 20
Danos à barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, são vistos em uma captura de tela de um vídeo de mídia social.
Crédito: Telegram/@DDGeopolitics - 14 de 20
Vista da ponte destruída sobre o rio Donets
Crédito: Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images - 15 de 20
Ataque com míssil mata criança de 2 anos e deixa 22 pessoas feridas na Ucrânia, diz governo
Crédito: Ministério da Defesa da Ucrânia/Divulgação/Twitter - 16 de 20
Foto tirada por ucraniana após ataques com drones russos contra Kiev. Drones foram abatidos, mas destroços provocaram estragos.
Crédito: Andre Luis Alves/Anadolu Agency via Getty Images - 17 de 20
Morador local de pé em frente a prédio residencial fortemente danificado durante o conflito Rússia-Ucrânia, no assentamento de Toshkivka, região de Luhansk, Ucrânia controlada pela Rússia
Crédito: 24/03/2023REUTERS/Alexander Ermochenko - 18 de 20
Soldados ucranianos disparam artilharia na linha de frente de Donetsk em 24 de abril de 2023.
Crédito: Muhammed Enes Yildirim/Agência Anadolu/Getty Images - 19 de 20
Ataque de mísseis russos atingem prédio residencial em Uman, na região central da Ucrânia
Crédito: Reuters - 20 de 20
Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut capturada via drone
Crédito: 15/04/2023 Adam Tactic Group/Divulgação via REUTERS
A Rússia disse que consideraria que todos os navios que se dirigem para as águas ucranianas estariam potencialmente transportando armas a partir de quinta-feira (20). Para Washington, isso é um sinal de que os russos podem atacar navios civis. Kiev respondeu mais tarde emitindo um aviso semelhante sobre navios com destino à Rússia.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta sexta-feira que sua frota do Mar Negro disparou foguetes contra “alvos flutuantes” e apreendeu navios. O embaixador de Moscou em Washington negou qualquer plano de ataque a navios.
Os ataques à infraestrutura de exportação de grãos e a ameaça percebida ao transporte marítimo elevaram os preços dos contratos futuros de trigo de Chicago nesta sexta-feira para seu maior ganho semanal desde a invasão de fevereiro de 2022, com os comerciantes preocupados com a oferta.
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá mais tarde para discutir as “consequências humanitárias” da retirada da Rússia do acordo do corredor seguro, que grupos de ajuda dizem ser vital para conter a fome crescente em uma série de países mais pobres.
Moscou diz que não participará do acordo de grãos sem melhores condições para suas próprias vendas de alimentos e fertilizantes.
Líderes ocidentais acusam a Rússia de tentar afrouxar as sanções impostas à invasão da Ucrânia, que já isentam as exportações de alimentos russos.