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    Rússia amplia frente de batalha em Kharkiv com pequenos grupos, diz governador

    Ação pode dispersar as já esgotadas forças ucranianas

    Yuliia DysaOlena Harmashda Reuters

    A Rússia iniciou uma ofensiva terrestre no norte da região ucraniana de Kharkiv nesta segunda-feira (13), atacando novas áreas com pequenos grupos de assalto para tentar ampliar a frente de batalha e dispersar as forças ucranianas, disse o governador regional.

    As tropas de Moscou entraram na Ucrânia perto de sua segunda maior cidade, Kharkiv, na sexta-feira (10), abrindo uma nova frente no nordeste. Há quase dois anos, a guerra tem acontecido em grande parte no leste e no sul do país.

    Assim, esse avanço pode espalhar militares já esgotados de Kiev que estavam leste, onde a Rússia tem avançado lentamente.

    “O inimigo está tentando ampliar deliberadamente [a linha de frente], atacando em pequenos grupos, mas em novas direções, por assim dizer. A situação é difícil”, destacou o governador Oleh Syniehubov em comentários televisionados.

    As forças da Rússia se dirigiam para a cidade de Vovchansk, a cerca de 5 km da fronteira russa, bem como para a aldeia de Lyptsi, que fica ao norte de Kharkiv, segundo a autoridade.

    Já as tropas de Kiev estão conseguindo defender todos os acessos a Vovchansk, adicionou Syniehubov, mas o Exército invasor tenta se estabelecer em um frigorífico nos arredores da cidade, segundo a administração militar do assentamento.

    Syniehubov afirmou que cerca de 5.700 pessoas foram retiradas de Vovchansk e dos arredores, pedindo aos residentes restantes, que as autoridades locais acreditam serem cerca de 300, a partirem.

    Plano de retirada de civis

    Voluntários foram de casa em casa, batendo nas portas para convencer os moradores que ainda estavam na cidade a se prepararem para a retirada.

    O chefe da polícia de Vovchansk, Maksym Stetsyna, disse que a cidade foi bombardeada repetidamente por artilharia e morteiros.

    “Alguns bairros de Vovchansk não são de fácil acesso devido aos constantes bombardeios. No entanto, a situação está estável e sob controle, estamos retirando as pessoas, está tudo bem”, pontuou Stetsyna à Reuters.

    O presidente Volodymyr Zelensky, em mensagem de vídeo noturna, afirmou que Vovchansk e outras áreas fronteiriças foram reforçadas. Os militares ucranianos, destacou, compreenderam “como o inimigo opera e a intenção de desviar as nossas forças”.

    A Rússia informou no domingo (12) que capturou nove aldeias na região de Kharkiv. Nesta segunda-feira (13), comentou que as tropas melhoraram as suas posições e causaram perdas às forças de defesa.

    Os militares ucranianos disseram, por sua vez, que “tinham empurrado o inimigo para trás” da periferia norte da cidade. Acrescentaram que tiveram “sucessos táticos” em diversas áreas e que estão restaurando suas antigas posições.

    As forças russas foram impedidas de avançar sobre a aldeia de Lukyantsi, ao norte da cidade de Kharkiv, disseram os militares, acrescentando que a Rússia teve, no entanto, “sucesso parcial”.

    Um dia após o início da ofensiva russa, a Ucrânia nomeou o brigadeiro-general Mykhailo Drapatyi para assumir o comando da frente de Kharkiv, informou o meio de comunicação RBC-Ucrânia.

    Drapatyi liderou anteriormente a libertação da região sul de Kherson em novembro de 2022, antes de servir como vice-chefe do Estado-Maior.

    A Ucrânia está na defensiva depois de uma desaceleração de meses no fornecimento de ajuda ocidental, especialmente dos Estados Unidos, que deixou a Rússia com uma vantagem ainda maior em tropas e munições.

    O bombardeio russo na cidade de Vovchansk feriu pelo menos cinco pessoas nesta segunda-feira, incluindo uma mulher de 54 anos, de acordo com autoridades.

    As forças de Kiev estão conseguindo conter as tropas de Moscou, mas há um risco real de que os combates se espalhem para novas regiões, advertiu Syniehubov.

    Os militares ucranianos afirmaram que continuariam reforçando suas forças na área dependendo da situação. Os combates atingiram a aldeia de Starytsia, a oeste de Vovchansk, segundo o Estado-Maior.

    Volodymyr Tymoshko, chefe da polícia regional, observouà emissora pública Suspilne que a Rússia estava bombardeando fortemente as áreas antes de tentar entrar nelas.

    “Primeiro, uma determinada área é bombardeada com artilharia, armas antiaéreas, todos os seres vivos são queimados, depois eles entram nesta área”, relatou.

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