Rússia acusa de terrorismo mulher suspeita de atentado em São Petersburgo
Darya Trepova, uma mulher de 26 anos, é apontada como autoria do ataque a bomba que matou o blogueiro militar pró-guerra Vladlen Tatarsky
Investigadores russos acusaram formalmente nesta terça-feira Darya Trepova, uma mulher de 26 anos, de crimes de terrorismo pelo assassinato do blogueiro militar pró-guerra Vladlen Tatarsky. Ele morreu em meio a uma explosão de bomba na cidade russa de São Petersburgo.
Tatarsky, um apoiador da campanha militar da Rússia na Ucrânia, cujo nome verdadeiro era Maxim Fomin, foi morto no domingo quando uma explosão atingiu um café onde ele deveria falar.
O Comitê Investigativo, órgão responsável pela apuração de crimes graves, informa que acusou Trepova de cometer “um ato terrorista de um grupo organizado que causou morte intencional”. As acusações acarretam uma pena máxima de prisão de 20 anos. O órgão afirmou ainda que ela agiu sob instruções de pessoas que trabalham em nome da Ucrânia.
O Ministério da Saúde da Rússia disse que outras 40 pessoas ficaram feridas na explosão e 25 ainda estavam no hospital na manhã desta terça-feira.
Trepova foi transferida de São Petersburgo para Moscou. Ainda nesta terça-feira, os promotores deveriam pedir ao tribunal distrital de Basmanny que a mantivesse em prisão preventiva.
O Comitê Nacional Antiterrorista da Rússia acusou, na segunda-feira, a inteligência ucraniana de organizar o assassinato com a ajuda de apoiadores do crítico do Kremlin Alexei Navalny – uma possível referência ao fato de que Trepova já se registrou em um esquema de votação tática anti-Kremlin promovido pelo movimento de Navalny. Um assessor do presidente ucraniano disse que o ataque foi resultado de um conflito interno na Rússia.
Documentos judiciais indicam que Trepova foi detida em um protesto em 24 de fevereiro do ano passado, dia em que a Rússia enviou suas forças armadas à Ucrânia.