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    Ron DeSantis desiste de candidatura para disputar eleições presidenciais nos EUA

    Governador da Flórida anunciou que apoiará Donald Trump

    Governador da Flórida, Ron DeSantis
    Governador da Flórida, Ron DeSantis governador da Flórida, Ron DeSantis14/07/2023REUTERS/Scott Morgan

    Steve Contornoda CNN

    O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou neste domingo (21) que está encerrando sua candidatura à Casa Branca, quase uma semana após desempenho decepcionante nas prévias do partido Republicano em Iowa.

    Ele era um dos principais oponentes de Donald Trump. O ex-presidente, após conseguir vencer as prévias de Iowa, havia pedido aos seus oponentes que se juntassem a ele para derrotar Joe Biden.

    Em vídeo anunciando a decisão, DeSantis afirmou que apoiará Donald Trump, quem disse ser superior a Joe Biden. Também ressaltou que não havia um caminho claro para o sucesso presidencial de sua campanha.

    “Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável, mais comícios, mais entrevistas, eu faria, mas não posso pedir aos nossos apoiadores que ofereçam o seu tempo e doem os seus recursos se não tivermos uma visão clara do caminho para a vitória. Consequentemente, estou suspendendo hoje minha campanha”, explicou o governador.

    “Winston Churchill observou certa vez que o sucesso não é definitivo, o fracasso não é fatal. É a coragem de continuar que conta. Embora esta campanha tenha terminado, a missão continua aqui na Flórida. Continuaremos mostrando ao país como liderar. Obrigado e que Deus abençoe”, concluiu.

    Esse é um golpe devastador para a carreira promissora de um importante integrante do partido republicano, e o seu fracasso em alcançar a elevada expectativa da sua candidatura já provocou uma onda de dúvidas por parte de aliados e conselheiros próximos.

    Alguns acreditam que DeSantis demorou muito para atacar Trump. Outros acham que sua equipe subestimou a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.

    Muitos continuam convencidos de que não havia nada que DeSantis pudesse ter feito para afastar o partido dos seguidores leais e consideráveis de Trump.

    DeSantis apoia Trump

    Durante o anúncio, DeSantis pontuou que apoiará o ex-presidente Donald Trump.

    “Estou orgulhoso de ter cumprido 100% das minhas promessas e não vou parar agora. É claro para mim que a maioria dos eleitores republicanos nas primárias quer dar outra oportunidade a Donald Trump”, disse.

    “Embora eu tenha tido divergências com Donald Trump, como sobre a pandemia do coronavírus e seu endosso a Anthony Fauci, Trump é superior ao atual presidente, Joe Biden. Isso está claro”, ponderou.

    “Assinei um compromisso de apoiar o candidato republicano e honrarei esse compromisso. Ele tem o meu apoio, porque não podemos voltar à velha guarda republicana de antigamente ou à forma reformulada de corporativismo requentado que Nikki Haley representa”, concluiu.

    Falta de dinheiro e conversa com doadores

    A decisão do governador da Flórida de encerrar sua campanha presidencial ocorreu após dias de conversas com doadores. Ficou claro no fim de semana que não havia nem a razão, nem o apoio financeiro para continuar a sua candidatura.

    DeSantis e sua esposa, Casey, tomaram a decisão neste domingo à tarde, surpreendendo muitos de seus funcionários e apoiadores.

    “O dinheiro não estava lá para continuar”, afirmou um dos principais doadores do DeSantis à CNN.

    Uma curta viagem de volta à Flórida na quinta-feira foi um momento de reinicialização para ele, onde, pela primeira vez, conversou seriamente sobre deixar a disputa presidencial, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto.

    DeSantis se reuniu com um grupo muito pequeno de seus conselheiros mais próximos.

    “Acho que ele só precisava de um pouco de tempo para organizar seus pensamentos e determinar um caminho a seguir. Ele tomou a decisão sozinho e determinou que é do seu interesse voltar a governar”, destacou a fonte.

    A fonte descreveu o clima em torno dos conselheiros de DeSantis como “decepcionante, mas havia a crença” de que sua campanha havia acabado.