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    RFS propõe cessar-fogo de 72 horas no Sudão; número de mortos chega a 413 

    As Forças Armadas do Sudão ainda não anunciaram se vão aderir à medida, prevista para acontecer antes de um importante feriado muçulmano no final do Ramadã; combates continuaram nesta sexta-feira 

    Jessie Yeungda CNN

    Uma das duas facções em guerra do Sudão declarou uma trégua de 72 horas após quase uma semana de combates ferozes, que deixaram mais de 400 mortos e levaram dezenas de milhares de refugiados a fugir do país.

    Apesar do anúncio das Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares, os confrontos continuaram na sexta-feira ao norte da capital – e não houve confirmação de um cessar-fogo por parte de suas rivais Forças Armadas do Sudão (SAF).

    Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na sexta-feira que o número de mortos no país aumentou para 413 pessoas, com 3.551 feridos desde o início dos combates no último sábado.

    Um cidadão americano também foi morto em meio à violência, confirmou o Departamento de Estado dos EUA à CNN na sexta-feira.

    Falando em um briefing das Nações Unidas em Genebra na sexta-feira, a porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse que as vítimas “não surpreendentemente … aumentaram”.

    Falando no mesmo briefing, o porta-voz da UNICEF, James Elder, disse que até agora pelo menos nove crianças foram mortas e pelo menos 50 ficaram feridas, acrescentando que o número de vítimas infantis “continuará a aumentar enquanto os combates continuarem”.

    No início da manhã de sexta-feira, horário local, o RSF anunciou um cessar-fogo em um comunicado no Twitter, dizendo que deveria começar às 6h.

    O cessar-fogo ocorre logo antes do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado islâmico do Ramadã.

    Nuvem de fumaça parte de aeroporto, em Cartum, Sudão. / Stringer/Reuters (17.abr.23)

     

    “A trégua coincide com o abençoado Eid al-Fitr … para abrir corredores humanitários para evacuar os cidadãos e dar-lhes a oportunidade de saudar suas famílias”, disse o RSF.

    O líder da SAF, Abdel Fattah al-Burhan, divulgou um comunicado diante das câmeras na manhã de sexta-feira, expressando tristeza pelas vítimas dos combates e rezando por um Eid pacífico – mas não fez menção a uma trégua.

    “A ruína, a destruição e o som de tiros não deram espaço para a alegria que nosso povo em nosso amado país merece, e estamos profundamente tristes com isso”, disse Burhan no comunicado – seus primeiros comentários diante das câmeras desde os confrontos. estourou em 15 de abril.

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