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    Revanche entre Biden e Trump seria acirrada, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

    Eleições de 2024 podem repetir cenário de 2020 nos Estados Unidos

    Reuters*

    A iminente revanche eleitoral no próximo ano entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu antecessor, Donald Trump, seria muito disputada, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos, com ambos os candidatos sobrecarregados por vulnerabilidades profundas que poderiam lhes custar a Casa Branca.

    Biden, um democrata de 81 anos, continua sendo atormentado pelas dúvidas dos eleitores sobre a força da economia, bem como pelas preocupações com a segurança da fronteira entre os EUA e o México e com a criminalidade.

    O ex-presidente republicano Trump, de 77 anos, enfrenta seus próprios problemas, incluindo quatro indiciamentos sobre uma série de acusações relacionadas às suas tentativas de anular a eleição presidencial de 2020 e sua manipulação de documentos confidenciais. Uma condenação antes do pleito de novembro de 2024 poderia lhe custar um apoio significativo, segundo a pesquisa.

    A pesquisa mostrou Trump com uma vantagem de 2 pontos percentuais em um confronto direto, 38% a 36%, com 26% dos entrevistados dizendo que não tinham certeza ou que poderiam votar em outra pessoa.

    O levantamento, realizado de forma online de 5 a 11 de dezembro, entrevistou 4.411 adultos norte-americanos e tem uma margem de erro de cerca de 2 pontos percentuais.

    No geral, a pesquisa mostrou uma profunda apatia entre muitos eleitores em relação a uma possível revanche entre Biden e Trump. Cerca de seis em cada dez entrevistados disseram que não estão satisfeitos com o sistema bipartidário dos EUA e desejam uma terceira opção.

    Eles podem ter uma, na forma do ativista antivacina Robert F. Kennedy Jr., que lançou uma candidatura independente. A pesquisa mostrou que Kennedy poderia tirar mais apoio de Biden do que de Trump.

    A liderança de Trump aumentou para uma vantagem de 5 pontos quando os entrevistados tiveram a opção de votar em Kennedy. Cerca de 16% dos entrevistados escolheram Kennedy quando lhes foi dada a opção, enquanto Trump teve 36% de apoio, em comparação com 31% para Biden.

    Kennedy, cujo tio, John F. Kennedy, foi presidente e cujo pai, Robert, foi senador e procurador-geral, enfrenta um desafio para reunir assinaturas suficientes para entrar na cédula de votação em todos os 50 Estados. Na semana passada, um comitê de arrecadação de fundos que apoia sua candidatura disse que gastaria até 15 milhões de dólares para colocá-lo nas cédulas em 10 Estados como medida inicial.

    Nos sete Estados onde a eleição foi mais acirrada em 2020 – Wisconsin, Pensilvânia, Arizona, Geórgia, Nevada, Carolina do Norte e Michigan – Biden tinha uma vantagem de 4 pontos percentuais entre os norte-americanos que disseram ter certeza de que votariam.

    Outras pesquisas mostraram que alguns eleitores estão preocupados com a idade avançada de Biden. Ele seria o presidente mais velho já eleito para um segundo mandato.

    Mas sua candidatura provavelmente será reforçada pelo apoio contínuo do público ao direito ao aborto, bem como por sua defesa do controle de armas, medidas para combater as mudanças climáticas e impostos mais altos sobre os superricos, mostrou a nova pesquisa.

    A pesquisa também destacou os riscos significativos para a campanha de Trump, já que ele enfrentará uma série de julgamentos criminais no próximo ano. Cerca de 31% dos republicanos entrevistados disseram que não votariam em Trump se ele fosse condenado por um júri por um crime grave. Ele negou qualquer irregularidade criminal.

    Cerca de 45% dos entrevistados disseram que Trump era o melhor candidato para lidar com a economia, em comparação com 33% que escolheram Biden.

    *Por Jason Lange e James Oliphant

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