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    Reunião de Biden e Putin acontecerá em junho na Suíça

    Esse será primeiro encontro face a face entre os dois presidentes

    Jeff Zeleny e Chandelis Duster, da CNN

    O primeiro encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o da Rússia, Vladimir Putin, acontecerá no mês que vem na Suíça, confirmou a Casa Branca nesta terça-feira (25), conforme o governo e o Kremlin finalizam o arranjo para a conferência. 

    “O presidente Biden encontrará o presidente Putin em Genebra, na Suíça, em 16 de junho de 2021. Os líderes discutirão todo o espectro de questões urgentes, conforme buscamos restaurar a previsibilidade e estabilidade do relacionamento EUA-Rússia”, disse a Casa Branca em nota. 

    No próprio comunicado, o Kremlin disse, “Pretendemos discutir o estado e as projeções de desenvolvimento para as relações russas-americanas, problemas de estabilidade estratégica, além de tópicos sobre a agenda internacional, incluindo a interação na luta contra a pandemia do coronavírus e o apaziguamento de conflitos regionais”. 

    A reunião altamente antecipada acontecerá no fim da primeira viagem internacional de Biden desde que assumiu o cargo. 

    A Casa Branca enviou o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan para Genebra nesta semana para se encontrar com a contraparte russa dele, disseram as autoridades, para combinar os detalhes para a reunião entre Biden e Putin. 

    Esse encontro acontecerá quase três anos depois que Putin conheceu o então presidente Donald Trump em Helsinque, na Finlândia. As autoridades disseram que a reunião com Biden será muito diferente dessa conferência de julho de 2018, durante a qual Trump ficou ao lado de Putin e abertamente descartou a inteligência dos EUA sobre a interferência russa na eleição de 2016. 

    Será a primeira reunião de Biden com Putin desde que ele assumiu o cargo. No entanto, Biden já se encontrou com o presidente russo durante o tempo dele como vice, incluindo uma reunião de 2011 durante a qual Biden disse ter olhado nos olhos de Putin e dito: “Não acho que você tenha alma”. 

    Inicialmente, Biden propôs uma conferência com o presidente russo no mês passado durante uma ligação telefônica, e os dois lados estão trabalhando para acertar os detalhes desde então. Apesar das relações entre os dois países estarem se deteriorando em questões como a Ucrânia e a interferência na eleição, Biden espera estabelecer um canal claro de comunicação que evitaria surpresas indevidas. 

    Putin pareceu receptivo à oferta, mesmo após os EUA aplicarem duras novas sanções e punições sobre a Rússia pelo, entre outras coisas, ciberataque em agências governamentais, o envenenamento e prisão do opositor Alexey Navalny e a suposta oferta de recompensa por soldados americanos servindo no Afeganistão. 

    Durante uma entrevista em março, Biden chamou Putin de “assassino”, dizendo que o líder russo “pagará o preço” pelos esforços para minar as eleições dos EUA de 2020.

    Em resposta, o Kremlin expulsou diplomatas dos EUA pela primeira vez em mais de 20 anos. Putin respondeu às críticas de Biden com um desejo seco por “boa saúde” e a proposta de um debate televisionado. 

    A agenda específica e o formato da reunião na Suíça ainda estão sendo discutidos, disseram as autoridades. Biden fará a estreia dele como presidente no exterior, com uma viagem prevista no começo de junho para uma reunião com os líderes do G7 na Inglaterra, e uma conferência com a Otan e a União Europeia em Bruxelas. Ele viajará para a Suíça após essas reuniões. 

    Na semana passada, o secretário de Estado, Anthony Blinken, se encontrou com o ministro do Exterior da Rússia, Sergey Lavrov, o primeiro encontro de alto nível entre a Rússia e os EUA desde o início do novo mandato presidencial. 

    Com informações de Kevin Liptak, Kylie Atwood e Nicole Gaouette

    (Texto traduzido, leia o original em inglês)

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