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    Resposta sobre supostos crimes de guerra da Rússia não será rápida, diz professor

    À CNN Rádio, Lucas Carlos Lima avalia que há “fortes indícios” de crimes de guerra cometidos na Ucrânia

    Bruna SalesAmanda Garciada CNN , Em São Paulo

    Em meio a denúncias de civis mortos pelas tropas russas em cidades ucranianas como Bucha, o professor de direito internacional da UFMG Lucas Carlos Lima avalia que “a resposta não será rápida” sobre os crimes de guerra que a Rússia pode ter cometido.

    “Precisa de julgamento, recolhimento de provas, direito de defesa, todos os passos de um processo, para que seja um julgamento legítimo, sem contestação”, explicou, em entrevista à CNN Rádio.

    Mesmo assim, o especialista acredita que “há indícios fortes de crimes de guerra” cometidos na Ucrânia: “Achávamos que a situação de Mariupol era o máximo de horrores que veríamos, mas com a retirada das tropas russas de Irpin e Bucha, há, não se pode falar com certeza, mas a possibilidade de crimes contra a humanidade.”

    Lucas Carlos destacou que cada tipo de crime é investigado de forma independente: “Há crimes de guerra ou contra a humanidade, que são quando civis se tornam alvo, tudo isso vai ser tecnicamente discutido nos tribunais internacionais competentes.”

    Embora lembre que o direito de guerra prevê que possa haver danos colaterais a civis, o professor destacou que é necessário haver proporcionalidade.

    “Ao atacar certo alvo, não pode causar um sofrimento desproporcional, danos excessivos, ataques a usinas nucleares, por exemplo, seriam desproporcionais porque gerariam sofrimento além do objetivo militar.”

     

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