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    Resposta da Venezuela não surpreende Itamaraty e não explica problema, avaliam diplomatas

    Ministério das Relações Exteriores venezuelano emitiu nota criticando posicionamento do Brasil sobre situação eleitoral de Caracas

    Palácio do Itamaraty, em Brasília
    Palácio do Itamaraty, em Brasília Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

    Gabriela Pradoda CNN

    Brasília

    Diplomatas avaliam que a nota divulgada pela Venezuela, em resposta às considerações do Brasil sobre o fim do período de inscrições de candidaturas para as eleições, “não supreende”. Integrantes do Itamaraty avaliam que “tampouco explica o problema do sistema com a inscrição de uma candidata”.

    O tom entre manifestações oficiais subiu entre os dois países nesta terça-feira (26), depois da oposição ao governo de Nicolás Maduro afirmar que não conseguiu fazer a inscrição Corina Yoris. 

    A indicada pelos oposicionistas não tinha nenhuma restrição para se candidatar. O prazo para a apresentação das candidaturas se encerrou no fim de segunda-feira (25). Os oposicionistas alegam que o sistema de inscrições não permitia a inserção do nome de Yoris.

    O Itamaraty se manifestou na tarde desta terça-feira (26) por meio de nota, e expressou “preocupação” com o andamento do processo eleitoral, além de considerar que o impedido da inscrição de Yoris “não é compatível com o Acordo de Barbados”.

    O Acordo foi firmado no ano passado e previa eleições presidenciais em 2024, com a participação da oposição. O documento teve intermediação da Noruega, com apoio de diversos países, entre eles o Brasil.

    Mais tarde, a Venezuela rebateu o posicionamento brasileiro e divulgou que o país parece “intervencionista” e que o texto “parece ditado pelos Estados Unidos”.

    A nota do Brasil, segundo fontes do Itamaraty, foi feita com concordância do Palácio do Planalto. Fontes relataram à CNN que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve “ciente de tudo”.

    O Brasil, segundo os diplomatas, teve cautela e aguardou todo o prazo das inscrições das candidaturas para a manifestação para evitar “pré-julgamentos”.