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    Resolução para expulsão de George Santos da Câmara dos EUA falha

    Santos defendeu seu direito à “presunção de inocência” antes da análise da medida

    Clare Foranda CNN

    Um esforço para expulsar o deputado George Santos falhou na Câmara de Representantes dos Estados Unidos nesta quarta-feira (1º), quando uma resolução liderada pelos republicanos ficou longe da maioria de dois terços necessária para ser aprovada.

    A votação final foi de 179 a 213.

    Antes da análise da questão, Santos defendeu seu direito à “presunção de inocência”.

    “Tenho direito à presunção de inocência até que se prove a culpa. Estou lutando por esse direito e se esses caras não acreditam nisso, então a democracia está morta”, disse Santos à Manu Raju, da CNN.

    Anteriormente, cinco membros do Partido Republicano de Nova York pediram a expulsão de Santos.

    “Como membros republicanos da delegação de Nova York, apoiamos totalmente a expulsão de Santos e pedimos a todos os nossos colegas que se juntem a nós no voto sim”, escreveram os deputados numa nova carta aos seus colegas de Câmara.

    Os congressistas Nick LaLota, Anthony D’Esposito, Marcus Molinaro, Brandon Williams e Mike Lawler assinaram a carta. Eles abordam várias preocupações específicas levantadas pelos seus colegas, incluindo os argumentos para deixar os eleitores de Santos decidirem e que, ao destituí-lo, estão apenas diminuindo a maioria que o partido tem.

    “Esta questão não é política, mas moral. Esta é uma questão de certo e errado”, escreveram, refutando o argumento dos colegas de que isto colocaria ainda mais em risco a maioria do partido.

    Os republicanos da Câmara controlam atualmente 221 cadeiras, contra 212 dos democratas. Há duas vagas: uma em um distrito republicano seguro em Utah e outra em um distrito democrata seguro em Rhode Island.

    Os republicanos também argumentam que expulsar Santos antes de uma condenação criminal abriria um precedente “positivo”.

    “Na verdade, deveríamos informar o povo americano se um candidato ao Congresso mente sobre tudo sobre si mesmo para obter seus votos, e então essa identidade falsa se torna conhecida por sua admissão ou não, que os membros da Câmara expulsarão o fraudador e darão aos eleitores uma oportunidade de ter representação adequada.”

    Na última terça-feira (31), o Comitê de Ética da Câmara anunciou que fornecerá uma atualização de sua investigação até 17 de novembro. Os membros do Partido Republicano de Nova York temem que isso possa fazer com que outros deputados esperem para ver o desenrolar do caso.

    Santos enfrenta 23 acusações, incluindo fraude eletrônica e roubo de identidade. Ele se declara inocente.

    Santos escreveu no X, antigo Twitter, na segunda-feira (30): “Não vou implorar pelos meus direitos constitucionais. Deixarei que meus colegas tomem suas decisões sem minha interferência.”

    Na semana passada, ele afirmou que não iria renunciar e disse: “Tenho direito ao devido processo e não a um resultado predeterminado, como alguns buscam”.

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