Republicanos criticam Trump por questionar a lisura das eleições
Chris Christie, ex-governador de Nova Jersey, Larry Hogan, governador de Maryland, e Mitt Romney senador por Utah, criticaram falas do presidente
A fala de Donald Trump questionando a lisura do processo eleitoral dos Estados Unidos não foi bem aceita por alguns líderes do Partido Republicano, que manifestaram na madrugada desta sexta-feira (6) insatisfação com o presidente.
Chris Christie, ex-governador de Nova Jersey, falou durante entrevista para o canal Americano ABC que “não ouvimos nada hoje sobre qualquer evidência [de fraude no processo eleitoral]”. “Esse tipo de coisa só faz inflamar a população sem informar e não podemos permitir isso. Se você vai usar a casa branca, é seu direito fazer isso, mas se você estiver errado o povo americano poderá fazer o julgamento”, disse.
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Christie é muito próximo de Trump e preparou o presidente para os debates contra Joe Biden neste ano.
Outro republicano que criticou Trump foi o governador de Maryland, Larry Hogan, que disse via Twitter: “Não há defesa para os comentários do presidente, que está minando o processo democrático. A América está contando os votos e devemos respeitar os resultados como sempre fizemos antes.”
There is no defense for the President’s comments tonight undermining our Democratic process. America is counting the votes, and we must respect the results as we always have before. No election or person is more important than our Democracy. https://t.co/BOO2iaTsEf
— Larry Hogan (@LarryHogan) November 6, 2020
O senador por Utah Mitt Romney também foi para o Twitter reclamar das falas de Trump. “Contar todos os votos está no cerne de nossa democracia. O processo é muitas vezes longo e para aqueles que estão na disputa, frustrante. Os votos serão contados. Se há alguma irregularidade, isso será investigado e decidido de maneira final da corte. Tenha fé em nossa democracia, em nossa constituição e no povo americano.”
— Mitt Romney (@MittRomney) November 6, 2020
Apoio
Quem saiu em apoio a Trump foi o senador recém reeleito Lindsey Graham, da Carolina do Sul. Ele disse que irá doar US$ 500 mil para o fundo de defesa legal de Trump, e disse que há “evidências abaladoras para apoiar as informações de Trump de que o processo eleitoral está sendo fraudado”.