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    Republicana Nikki Haley desafia Trump e anuncia pré-candidatura à Casa Branca em 2024

    Ex-governadora da Carolina do Sul é a primeira candidata a desafiar o ex-presidente Donald Trump, que anunciou, em novembro do ano passado, sua intenção de voltar à Casa Branca

    CNN , em São Paulo

    A política republicana Nikki Haley anunciou, nesta terça-feira (14), que concorrerá nas prévias pela indicação do partido para a disputa pela presidência dos Estados Unidos para as eleições de 2024.

    A ex-governadora da Carolina do Sul é a primeira candidata a desafiar o ex-presidente Donald Trump, que anunciou, em novembro do ano passado, sua intenção de voltar à Casa Branca.

    Durante o governo Trump, Haley ocupou o cargo de embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU).

    Ela deve fazer um discurso oficial de lançamento de sua candidatura às prévias do Partido Republicano durante um evento de campanha, nesta quarta-feira (15), na cidade de Charleston, na Carolina do Sul.

    “O establishment de Washington falhou conosco repetidas vezes. É hora de uma nova geração de liderança redescobrir a responsabilidade fiscal, proteger nossa fronteira e fortalecer nosso país, nosso orgulho e nosso propósito”, disse Haley em um vídeo divulgado nesta terça.

    Trump, que anunciou sua candidatura no ano passado, recentemente apareceu para abençoar sua entrada na corrida, dizendo a repórteres que ela ligou para dizer que estava considerando o lançamento de uma campanha e que ele havia dito: “Você deveria fazer isso”.

    Haley, filha de imigrantes indianos, abriu o vídeo falando sobre como se sentia “diferente” crescendo em Bamberg, Carolina do Sul.

    “Os trilhos da ferrovia dividiam a cidade por raça. Eu era a orgulhosa filha de imigrantes indianos. Nem preto, nem branco. eu era diferente. Mas minha mãe sempre dizia que seu trabalho não é focar nas diferenças, mas nas semelhanças. E meus pais lembravam a mim e a meus irmãos todos os dias como éramos abençoados por viver na América”, disse Haley.

    Haley elogiou seu histórico como governadora duas vezes eleita da Carolina do Sul e sua liderança no estado depois que nove pessoas foram mortas a tiros em uma igreja historicamente negra em Charleston em 2015. Após o tiroteio, Haley pediu a remoção da bandeira confederada do terreno da Casa do Estado – a sede do legislativo estadual.

    Ela se baseou em sua experiência em política externa em seu anúncio e fez referência a seu tempo como embaixadora da ONU, dizendo que “viu o mal”.

    “Alguns olham para o nosso passado como evidência de que os princípios fundadores da América são ruins. Dizem que a promessa de liberdade é apenas inventada. Alguns acham que nossas ideias não são apenas erradas, mas racistas e más. Nada poderia estar mais longe da verdade”, disse Haley.

    “Eu vi o mal. Na China eles cometem genocídio. No Irã, eles assassinam seu próprio povo por desafiar o governo. E quando uma mulher conta sobre assistir soldados jogando seu bebê no fogo, isso coloca as coisas em perspectiva. Mesmo no nosso pior dia, somos abençoados por viver na América.”

    “Algumas pessoas olham para a América e veem vulnerabilidade”, disse Haley.

    “A esquerda socialista vê uma oportunidade de reescrever a história. China e Rússia estão em marcha. Todos eles acham que podemos ser intimidados, chutados. Você deveria saber uma coisa sobre mim: eu não tolero valentões e quando você revida dói mais se você estiver de salto.”

    Haley deu sua indicação pública mais clara de que planejava buscar a indicação republicana durante uma entrevista em janeiro.

    “Quando você está olhando para uma candidatura à presidência, você olha para duas coisas: você primeiro olha, a situação atual pressiona por uma nova liderança? A segunda pergunta é: eu sou aquela pessoa que poderia ser o novo líder?”, ela disse à Fox News.

    “Sim, precisamos seguir uma nova direção”, disse Haley. “E eu posso ser esse líder? Sim, acho que posso ser esse líder.”

    Haley sempre tentou caminhar sobre uma linha tênue entre se aliar a Trump e se distanciar o suficiente para atrair seus críticos mais moderados.

    Ela deixou o governo Trump em 2018 em boas relações com o então presidente – um contraste marcante com outros ex-funcionários de Trump que se desentenderam publicamente com seu ex-chefe.

    Publicado por Léo Lopes, com informações de Terence Burlij e Kate Sullivan, da CNN

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