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    Renovar a democracia é “desafio definidor do nosso tempo”, diz Biden em cúpula

    Em reunião com mais de 100 líderes virtuais, presidente dos EUA disse que as liberdades globais estão ameaçadas

    Por Simon Lewis e Humeyra Pamuk, da Reuters

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu mais de 100 líderes mundiais em uma cúpula virtual, nesta quinta-feira (9), e fez um apelo por apoio às democracias pelo mundo, classificando a garantia dos direitos e liberdades diante do crescimento do autoritarismo um “desafio definidor” da atual era.

    No discurso de abertura da “Cúpula pela Democracia”, a primeira reunião do tipo com a intenção de fazer frente ao declínio da democracia pelo mundo, Biden afirmou que as liberdades globais estão sob ameaça de autocratas que buscam expandir o poder, exportar influência e justificar a repressão.

    “Estamos em um ponto de inflexão em nossa história, na minha visão. Será que vamos permitir que o retrocesso de direitos e democracia continue passando despercebido? Ou vamos juntos ter uma visão, e coragem para mais uma vez liderar a marcha do progresso humano e da liberdade humana para frente?”, disse.

    A conferência é um teste para a afirmação de Biden — anunciada em seu primeiro pronunciamento sobre política externa em fevereiro — de que ele recolocaria os Estados Unidos em uma posição de liderança global contra forças autoritárias, após a posição global do país sofrer sob o comando de seu antecessor Donald Trump.

    “A democracia não acontece por acidente. E precisamos renová-la a cada geração”, disse. “Na minha visão, este é o desafio definidor do nosso tempo”.

    Biden não apontou dedos à China e à Rússia, países de liderança autoritária com os quais Washington tem tido atritos por conta de uma série de questões, mas foi notável a ausência de ambos os líderes da lista de convidados.

    O número de democracias consolidadas que se encontram sob ameaça está em um patamar recorde, segundo o Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral, que apontou golpes em Mianmar, Afeganistão e Mali, e retrocessos na Hungria, Brasil, Índia entre outros.

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