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    Relação entre Rússia e Ucrânia tem histórico de tensão; relembre os fatos

    Novo ápice do conflito no Leste Europeu se desenvolveu ao longo da última década

    Soldados ucranianos hasteiam bandeira nacional em área de treinamento
    Soldados ucranianos hasteiam bandeira nacional em área de treinamento Serhii Hudak/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

    Da CNN em Espanhol

    A tensão entre Rússia e Ucrânia aumentou significativamente nas últimas semanas, com o ápice acontecendo na segunda-feira (21), quando Vladimir Putin reconheceu a independência de dois territórios separatistas do território ucraniano.

    Porém, a relação entre os dois países não é nova: eles têm uma história comum que remonta à Idade Média.

    Então, quando a Ucrânia pertenceu à Rússia e quando ela se separou?

    Ambos os países têm raízes comuns no Estado eslavo oriental de Kievan Rus. É por isso que o presidente russo, Vladimir Putin, fala de russos e ucranianos como “um só povo”.

    Porém, estes países avançaram separadamente durante séculos, o que proporcionou o surgimento de duas línguas e culturas. Enquanto a Rússia estava se tornando um império, a Ucrânia não conseguiu estabelecer seu próprio Estado.

    No século 17, grandes áreas da atual Ucrânia tornaram-se parte do Império Russo, e os territórios foram reorganizados em províncias russas regulares administradas por governadores nomeados por São Petersburgo, de acordo com a Enciclopédia Britânica.

    A partir de então até o século 20, a Rússia e a União Soviética (URSS) realizaram um programa de “russificação” para desencorajar a identidade nacional ucraniana.

    Após a Revolução Russa de 1917 e o final da Primeira Guerra Mundial, a Ucrânia tornou-se brevemente independente, até o início da década de 1920, quando se tornou parte da União Soviética.

    Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pela Alemanha, até que a Rússia Soviética recuperou o controle do país em 1944 e expandiu suas fronteiras para incluir territórios tomados da Romênia, Polônia e Tchecoslováquia (atual República Tcheca).

    Década de 1990: Ucrânia independente

    Em 1991, quando a União Soviética foi dissolvida, esse grande território que ocupava foi dividido em 15 repúblicas independentes. A Ucrânia é uma delas: em julho de 1990 havia declarado sua soberania.

    O Parlamento ucraniano declara a independência, aguardando um referendo em 1º de dezembro de 1991, que é finalmente aprovado com 90% dos votos. Assim, a Ucrânia adere à nova Comunidade de Estados Independentes, juntamente com a Rússia e a Bielorrússia.

    A partir de então, a Ucrânia voltou seus olhos para a Europa e seu interesse em ingressar na Otan.

    Protestos pela independência da Ucrânia, em 1991 / Corbis/VCG via Getty Images

    Anexação russa da Crimeia

    As tensões entre esses dois ex-estados soviéticos aumentaram no final de 2013 devido a um histórico acordo político e comercial com a União Europeia. Depois que o então presidente pró-Rússia Viktor Yanukovych cancelou as negociações – aparentemente sob pressão de Moscou – protestos violentos eclodiram em Kiev por semanas.

    Então, em março de 2014, a Rússia anexou a Crimeia, uma península autônoma no sul da Ucrânia com forte lealdade russa, sob o pretexto de que estava defendendo seus interesses e os dos cidadãos de língua russa.

    A crise atual

    Após meses de aumento da presença militar ao longo da fronteira Rússia-Ucrânia, a CNN informou em dezembro de 2021 que as forças russas foram enviadas ao longo da fronteira com a Ucrânia para realizar uma invasão rápida e imediata, incluindo a construção de linhas de suprimentos, como unidades médicas e combustível.

    Até hoje, mais de 100 mil soldados russos permaneceram reunidos na fronteira, apesar das advertências do presidente dos EUA, Joe Biden, e de líderes europeus sobre consequências terríveis se Putin prosseguir com uma invasão.

    O Kremlin nega planejar um ataque e argumenta que o apoio da Otan à Ucrânia – incluindo o aumento do fornecimento de armas e treinamento militar – constitui uma ameaça crescente no flanco ocidental da Rússia.

    Com informações de Stephen Collinson, Nathan Hodge, Matthew Chance e Laura Smith-Spark, da CNN

    Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

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