Reino Unido prevê abordagem mais brutal de Putin sobre Ucrânia
"Ele não consegue o que quer, ele cerca as cidades, ele as bombardeia impiedosamente à noite", afirmou o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace
A invasão da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, ficará mais brutal, disse o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, nesta quarta-feira (2). “Qualquer um que pense logicamente não faria o que ele [Putin] está fazendo, então vamos ver… sua brutalidade aumentar”, disse o representante do governo britânico à rádio LBC.
“Ele não consegue o que quer, ele cerca as cidades, ele as bombardeia impiedosamente à noite… e ele eventualmente tentará quebrá-las e ocupar essas cidades”, afirmou Wallace.
Nesta quarta, o Kremlin disse que as autoridades russas estão prontas para realizar uma segunda rodada de negociações com a Ucrânia, mas não está claro se as autoridades ucranianas aparecerão. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que havia informações contraditórias sobre as negociações.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na terça-feira (1º) que a Rússia devia parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações pudessem ocorrer.
“Primeiro podemos tentar prever se os negociadores ucranianos aparecerão ou não. Vamos torcer para que isso aconteça. Nossos [negociadores] estarão lá e prontos”, disse Peskov a repórteres.
Peskov também disse que Moscou precisa formular uma resposta dura, ponderada e clara contra as medidas impostas aos países ocidentais para minar a economia russa.
O porta-voz russo disse que a economia da Rússia está passando por um sério golpe, mas que é sólida e que o país tem experiência em superar crises.
O primeiro encontro, na segunda-feira (28), foi encerrado sem acordo sobre um possível cessar-fogo para a guerra, que já persiste há sete dias. O assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, informou a repórteres após a primeira reunião que os representantes retornariam às suas respectivas capitais antes de uma segunda rodada de negociações.
“As delegações ucranianas e russas realizaram a primeira rodada de negociações. Seu objetivo principal era discutir o cessar-fogo e o fim das ações de combate no território da Ucrânia”, disse Podolyak.
“As partes determinaram os tópicos onde certas decisões foram mapeadas. Para que essas decisões sejam implementadas como um roteiro, as partes estão retornando para consultas às suas capitais”, acrescentou.
“As partes discutiram a realização de mais uma rodada de negociações onde essas decisões podem ser desenvolvidas”, concluiu o assessor.
Ataques em Kiev
O ataque a uma torre de televisão em Kiev, capital da Ucrânia, nesta terça-feira (1º) provocou pelo menos cinco mortes. Fotos e vídeos do ataque à estrutura ucraniana postados em redes sociais foram geolocalizados e verificados pela CNN. A informação das mortes no local foi atribuído ao Serviço de Emergência do país.
Os militares russos disseram que realizariam ataques contra instalações em Kiev, alertando os civis que vivem perto das áreas a saírem. Os alvos seriam a Agência de Segurança de Estado e o 72º Centro Principal para Informações e Operações Psicológicas em Kiev.
Em uma entrevista exclusiva à CNN internacional e à Reuters, o presidente ucraniano pediu ao presidente norte-americano Joe Biden que dê uma mensagem forte e “útil” sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia em seu discurso sobre o Estado da União hoje. Zelensky concedeu a entrevista de um bunker em Kiev de onde ele está liderando a resposta de seus militares.
“É muito sério […] não estou em um filme”, disse Zelensky à CNN. “Não sou um ícone, acho que a Ucrânia é um ícone […] A Ucrânia é o coração da Europa, e agora acho que a Europa vê a Ucrânia como algo especial para este mundo. É por isso que o mundo não pode perder esse algo especial”.
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Na quinta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um pronunciamento televisionado no qual autorizava uma "operação militar especial" na Ucrânia. Putin disse que o objetivo era proteger população de regiões separatistas. • Reprodução/Russia 24
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Poucas horas após pronunciamento de Putin, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades da Ucrânia, segundo relatos de repórteres da CNN. A imagem de uma explosão em Kiev divulgada pelo Gabinete do Presidente da Ucrânia foi um dos primeiros retratos da invasão russa no país. • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Já pela manhã de quinta-feira, gigantescas filas de carro se formaram com pessoas tentando sair da capital ucraniana Kiev. • Getty Images
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Após o início da guerra, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou os cidadãos para luta armada e pediu doações de sangue para os militares feridos. • CNN / Reprodução
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Os metrôs ucranianos se transformaram em verdadeiros bunkers improvisados, para servir de abrigo antibombas. Na foto, o metrô de Kharkiv, segunda maior cidade do país. • CNN
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A CNN relatou que infraestrutura civil ucraniana foi afetada pela guerra. Na imagem, uma criança brinca no parquinho do lado de fora de um prédio residencial de Kiev atingido por uma explosão. • Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas são fotografadas em posto de controle entre Ucrânia e Eslováquia. A ONU estima que mais de 800 mil refugiados fugiram pela fronteira oeste do país. • Future Publishing via Getty Imag
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Protestos contra a guerra na Ucrânia foram registrados em várias partes do mundo. Na foto, mais de 100 mil manifestantes foram às ruas de Berlim pedindo o fim da invasão russa. • Getty Images
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Delegações diplomáticas de Rússia e Ucrânia se encontraram, no quinto dia de guerra (28), na região da fronteira com Belarus. Primeira negociação por cessar-fogo terminou sem acordo. Segunda reunião deve acontecer nesta quarta (2). • Alexander Kryazhev/POOL/TASS via
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Kharkiv foi alvo de alguns dos piores ataques aéreos durante a guerra. Na terça-feira (1º), pelo menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas em ataques com foguetes das forças russas no centro da cidade, segundo o Ministério do Interior ucraniano. • Anadolu Agency via Getty Images