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    Reino Unido aplica sanção contra Abramovich, congela bens e paralisa venda do Chelsea

    Governo britânico adicionou sete oligarcas russos à lista de sanções "por conexões com o presidente russo, Vladimir Putin"; licença especial foi emitida para permitir que clube inglês continue jogando

    Kate Holtonda Reuters

    O governo do Reino Unido disse, nesta quinta-feira (10), que permitirá que o clube de futebol Chelsea continue jogando depois de impor sanções ao seu proprietário, Roman Abramovich, interrompendo seu plano de vender o time da Premier League.

    Abramovich colocou o clube à venda, mas o congelamento de seus bens no Reino Unido e as sanções contra ele impedem esse processo.

    Nadine Dorries, ministra do Esporte britânica, disse que o governo emitiu uma licença especial para permitir que o Chelsea continue a jogar, pague seus funcionários e permita que portadores de ingressos assistam as partidas, porque não quer prejudicar os atuais campeões europeus e mundiais de futebol.

    “Sei que isso traz alguma incerteza, mas o governo trabalhará com a liga e os clubes para manter o futebol sendo jogado, garantindo que as sanções atinjam os pretendidos”, disse ela no Twitter. 

    “Os clubes de futebol são bens culturais e a base de nossas comunidades. Estamos comprometidos em protegê-los”, acrescentou. O governo disse que a licença seria mantida sob revisão.

    Novas sanções contra oligarcas russos

    O Reino Unido disse, nesta quinta-feira (10), que impôs o congelamento de bens ao proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich, e Igor Sechin, presidente-executivo do grupo petrolífero russo Rosneft, além de outros cinco oligarcas russos.

    No total, o governo britânico disse que os sete adicionados à lista de sanções por causa de suas conexões com o presidente russo, Vladimir Putin, tinham um patrimônio líquido coletivo de 15 bilhões de libras, equivalentes a 99 bilhões de reais.

    “Não pode haver refúgios seguros para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia”, disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

    “As sanções de hoje são o passo mais recente no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis ​​na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos”, acrescentou.

    Crescentes pedidos foram feitos por legisladores britânicos para que sejam tomadas medidas contra Abramovich e outros oligarcas russos, com críticas de que o governo de Johnson não está se movendo rápido o suficiente em comparação com a União Europeia e os Estados Unidos.

    Os outros adicionados à lista foram Oleg Deripaska, que tem participações no Grupo En+, Dmitri Lebedev, presidente do Banco Rossiya, Alexei Miller, executivo-chefe da empresa de energia Gazprom, e Nikolai Tokarev, presidente da estatal russa de gasodutos. 

    Posicionamento do Chelsea

    Após o anúncio das sanções, o Chelsea publicou um comunicado no qual afirma que “em virtude da participação de 100% no Chelsea FC e suas entidades afiliadas”, o clube estaria normalmente sujeito às mesmas sanções que Roman Abramovich.

    “No entanto, o governo do Reino Unido emitiu uma licença geral que permite ao Chelsea FC continuar certas atividades. Cumpriremos nossos jogos de equipes masculinas e femininas hoje contra Norwich e West Ham, respectivamente, e pretendemos nos envolver em discussões com o governo do Reino Unido sobre o escopo da licença”, complementou o Chelsea.

    O clube pretende pedir uma emenda na licença para que possa operar “o mais normalmente possível”.

    “Também buscaremos orientação do governo do Reino Unido sobre o impacto dessas medidas na Chelsea Foundation e seu importante trabalho em nossas comunidades”, conclui o comunicado, dizendo que trarão mais atualizações “quando for apropriado”.