Reino Unido, Alemanha e Itália adotam diferentes estratégias de vacinação
Os governos ainda não têm uma estratégia definida para depois que uma candidata à vacina para a Covid-19 estiver pronta para ser distribuída
Em meio aos diferentes pontos de vista de autoridades brasileiras sobre a obrigatoriedade de uma eventual vacina contra a Covid-19, diversos países pelo mundo não possuem leis que tornem a vacinação obrigatória.
Assim como a vacinação para outras doenças é tratada de acordo com as características de cada local, tampouco há definição sobre como será a conduta dos países em relação a um imunizante ainda em desenvolvimento.
Os governos da Itália e Alemanha, por exemplo, não pretendem tornar a vacinação para a doença obrigatória. No Reino Unido, porém, a questão está em aberto.
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No Reino Unido não há lei que torne a vacinação obrigatória. Desde 1984, o governo tem poder para prevenir infecções e doenças, mas a mesma lei que garante a imunização defende que a aplicação não deve ser por obrigação. O mesmo vale para tratamentos médicos.
Na Itália, por outro lado, a vacinação é obrigatória para uma lista de doenças, que inclui tétano, hepatite B e poliomielite. O descumprimento pode acarretar em multa de até 500 euros para os pais. Já a Alemanha obriga a vacinação apenas contra o sarampo.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já deixou claro que a vacina contra o novo coronavírus “não será obrigatória e ponto final”.
Ele fez a declaração ao criticar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defende a obrigatoriedade da dose. “Há uma razão até prática e óbvia para isso. Diante de uma pandemia, não faz razão, não faz sentido, você vacinar uns e não vacinar outros. Pessoas não vacinadas podem ser infectadas. E sendo infectadas, podem transmitir o vírus da Covid-19 e infelizmente podem falecer”, disse o governador, em entrevista exclusiva à CNN.
(Edição: Leonardo Lellis)