Rei da Jordânia alerta contra imigração forçada de palestinos e diz que país não terá refugiados
Monarca disse que os "suspeitos de sempre" estão tentando criar problemas no território e "empurrar o desafio do futuro palestino para os ombros de outras pessoas"
O rei Abdullah II da Jordânia alertou, nesta terça-feira (17), sobre uma imigração forçada de palestinos e disse que seu país e o Egito não receberão refugiados. Os dois países são os únicos, além de Israel, que fazem fronteira com territórios palestinos.
“Essa é uma linha vermelha porque penso que é um plano de alguns dos suspeitos de sempre para tentar criar problemas no território. Esta é uma situação de dimensão humanitária que tem de ser tratada dentro de Gaza e da Cisjordânia e não para tentar empurrar o desafio do futuro palestino para os ombros de outras pessoas”, disse.
“Nenhum refugiado na Jordânia, nenhum refugiado no Egito”, afirmou.
Ele expressou profunda preocupação com o elevado número de vidas perdidas de palestinos e israelenses e com a situação humanitária em Gaza, que descreveu como “inaceitável”, tanto em termos de preocupações jurídicas como humanitárias.
“Este ano é o mais sangrento para os palestinos e israelenses na memória recente e irá piorar se não pararmos esta guerra e a catástrofe humanitária que ela está causando”, disse o rei.