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    “Quem se assustou que tome um chá de camomila”, diz Maduro após comentários de Lula

    Presidente venezuelano havia afirmado que o país cairá em um “banho de sangue fratricida” caso seu partido não ganhe as eleições

    Gabriella LodiLuciana Taddeoda CNN

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu às preocupações em relação aos seus comentários de que o país cairá em um “banho de sangue fratricida” caso seu partido não ganhe as eleições, nesta terça-feira (23) dizendo: “Quem se assustou que tome um chá de camomila”.

    “Eu não disse mentiras, só fiz uma reflexão. Quem se assustou, que tome uma camomila, porque este povo da Venezuela já passou por muita coisa e sabe o que eu estou dizendo. E na Venezuela, vai trunfar a paz”, afirmou Maduro em um comício no estado venezuelano de Cojedes.

    A fala de Maduro acontece um dia depois do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ter dito que o presidente venezuelano precisa respeitar o processo democrático e o resultado da eleição presidencial no país, marcada para este domingo (28).

    “Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo… Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático”, disse Lula na segunda-feira (22).

    Em entrevista a agências internacionais no Palácio da Alvorada, o presidente brasileiro acrescentou: “Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.

     

    Relembre o caso

    Na quinta-feira (18), Nicolás Maduro havia falado: “O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória no dia 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”.

    A fala aconteceu logo após a justiça da Venezuela prender um assessor da principal opositora do governo de Maduro, Maria Corina Machado. Os Estados Unidos divulgou um comunicado no mesmo dia condenando a detenção.

    Desde o início do período eleitoral, de acordo com um relatório divulgado pela ONG Laboratório de Paz, a Venezuela já deteve 71 opositores ou assessores de opositores.

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