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    Lefty SM: Quem era o rapper de 31 anos assassinado no México

    Lefty SM morreu em um hospital após ser baleado em sua casa em Zapopan, na região metropolitana de Guadalajara, no domingo

    Belén Zapatada CNN

    A morte de Juan Carlos Sauceda, 31 anos, conhecido como “Lefty SM”, em plena carreira musical, surpreendeu o México no domingo (3).

    Ele morreu em um hospital após ser baleado em sua casa em Zapopan, na região metropolitana de Guadalajara, segundo autoridades.

    No dia 25 de agosto, ele havia relançado com sucesso o single “Por mi México” no YouTube, no qual convidou Santa Fe Klan, Dharius, C-Kan, MC Davo e Neto Peña para colaborar; alguns dos músicos de rap e hip hop mais reconhecidos do país atualmente.

    O single teve mais de 9 milhões de visualizações no YouTube nesta segunda-feira (4).

    Apenas dois dias após o lançamento, o artista destacou na sua conta do Instagram que já tinha um milhão de visualizações e que era o número um em tendências naquela rede social.

    Na letra de “Por mi México”, Lefty SM reflete, como em várias de suas composições, sua preocupação com os jovens que crescem em ambientes desfavorecidos e com os mexicanos que imigram para os Estados Unidos em busca de melhores oportunidades.

    Sua gravadora, Alzada, reconhece essas letras como “hinos representativos da cultura mexicana”.

    No dia 3 de agosto, ele havia lançado também no YouTube seu remix de “Ingrata”, com o qual se aventurou na cumbia graças à colaboração com Cañaveral, grupo de longa data e sucesso em ritmos tropicais.

    De mecânico e soldador a estrela

    Sauceda nasceu em 22 de abril de 1992 em San Luis Río Colorado, no estado mexicano de Sonora, na fronteira com os Estados Unidos, segundo biografia publicada em suas redes sociais.

    Em diversas entrevistas, ele disse que, quando criança, aprendeu o ofício de mecânico na oficina de seu pai ao mesmo tempo em que ouvia música regional mexicana, principalmente corridos, gênero no qual também se aventurou acompanhado de figuras já consolidadas como como El Komander, Enigma Norteño, La Trakalosa, Carin León e Virlán García, entre outros.

    “Antes de ouvir rap, ouvia corridos, e gosto tanto que me apeguei a querer colaborar”, disse recentemente ao site Soy Grupero.

    Na mesma entrevista, ele disse que começou a trabalhar na música como hobby e que sua trajetória no rap é marcada pela infância e adolescência em um bairro modesto de San Luis Río Colorado.

    “Sinto-me orgulhoso porque venho de um bairro e sinto que a música é feita minha banda do bairro, porque sinto que também há talento no bairro, há pessoas com sonhos e que devem ser reconhecidas”, acrescentou.

    Anteriormente, em entrevista ao site HitBoy Music, dedicado ao rap, ele contou que teve que trabalhar como soldador, fabricando ferraria em uma construtora para financiar suas viagens e a incursão na Alzada, gravadora independente localizada em Guadalajara, Jalisco ― western de México ―, que também é um estúdio especializado em ritmos urbanos, onde o rapper gravou alguns de seus sucessos.

    Embora tenha nascido em Sonora, sua carreira começou a se consolidar em Guadalajara, onde morou com a esposa e duas filhas.

    Foi na sua casa em Guadalajara onde, segundo as autoridades, ele foi assassinado no domingo, após ter sido baleado. As autoridades estaduais estão investigando o homicídio.

    As condolências pela morte do rapper vieram de diversas áreas do cenário musical, enquanto seus seguidores nas redes sociais deixaram mensagens de descrença e dor.

    Veja também: avião cai durante festa de “chá revelação” no México

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